TCU isenta Bolsonaro, mas vê prejuízo ao erário em fabricação de cloroquina Danos ao Tesouro
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  • 1 de fevereiro de 2021
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TCU isenta Bolsonaro, mas vê prejuízo ao erário em fabricação de cloroquina


O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga possíveis irregularidades na fabricação de cloroquina por um laboratório do Exército.

O presidente Jair Bolsonaro defende a utilização da cloroquina no tratamento da covid-19, mas o medicamento não tem comprovação científica de que seja eficaz contra o coronavírus.

Um parecer elaborado pela área técnica do TCU descartou a hipótese de sobrepreço na compra de insumos para a fabricação do medicamento. Apesar disso, o valor é mais caro que a compra realizada dois meses antes pela mesma empresa.

Os contratos custaram R$ 782 mil. Dois lotes de insumos para a fabricação da cloroquina tiveram um valor 167% mais alto que o preço cobrado pela mesma empresa dois meses antes.

Bolsonaro com cloroquina
O presidente Jair Bolsonaro com caixa de hdroxicloroquina durante a posse de Eduardo Pazuello como ministro da Saúde.
(Foto: Carolina Antunes/PR)

As informações foram obtidas via Lei de Acesso à Informação e divulgadas pela agência de dados Fiquem Sabendo.

A área técnica do TCU avaliou que o presidente Jair Bolsonaro não tem responsabilidade na compra. Os técnicos entenderam que o Exército deveria ter atuado junto ao Ministério da Saúde para definir a quantidade que seria fabricada. O parecer do TCU afirma que, ao não atuar, houve possível prejuízo ao erário, já que há em estoque mais de 400 mil comprimidos.

O Tribunal determinou ainda que o Exército não mais produza cloroquina enquanto não for esclarecida a real necessidade e demanda.

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