Vacina cubana passa para última fase de testes em humanos Imunização
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  • 24 de fevereiro de 2021
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Vacina cubana passa para última fase de testes em humanos


O Instituto Finlay de Vacinas, que tem sede em Havana, anunciou que uma das quatro vacinas contra a Covid-19 que estão sendo desenvolvidas em Cuba vai passar para a terceira fase de testes clínicos no mês de março. Nesta última etapa de testes em humanos, 150 mil voluntários vão ser vacinados em Cuba e no Irã, mas o México já mostrou interesse e também pretende participar desta nova etapa.

Cientistas do Instituto Finlay de Vacinas com doses do imunizante cubano contra a covid-19, Soberana 2
Cientistas do Instituto Finlay de Vacinas com doses do imunizante cubano contra a covid-19, Soberana 2. Foto: Reprodução IFV (Redes Sociais).

A vacina em questão é a Soberana 2, que deve ser administrada em três doses com intervalo de duas semanas entre cada uma. Nas fases anteriores, ela já comprovou a capacidade de criar uma resposta imunológica contra o vírus, impedindo a ligação do causador da doença com as células.

Segundo Vicente Vérez, diretor do instituto e chefe da equipe que desenvolve a vacina, a intenção do governo cubano é produzir 100 milhões de doses até o fim do ano e vacinar todos os 11 milhões de cubanos que vivem na ilha, além dos turistas que chegarem ao país. Esta é uma estratégia que pretende alavancar o turismo e ajudar na recuperação da economia. Cuba passa pela maior crise econômica desde o fim da União Soviética, impulsionada pelas sanções importas pelos Estados Unidos e agravada pela pandemia.

Cuba conseguiu controlar a primeira onda de casos com lockdown e multa para quem circulasse sem autorização, mas enfrenta uma situação mais grave na segunda onda. O número de casos começou a subir em novembro, quando os voos internacionais foram retomados, depois de sete meses de suspensão. Hoje, a ilha enfrenta uma média diária de 894 novos casos. Até esta terça-feira (23), 304 mortes tinham sido confirmadas no país por covid-19.

Para quem já pensa em viajar para a ilha de Fidel Castro e Che Guevara para se imunizar, a dica é pensar bem no planejamento. O governo cubano pretende exigir que turistas passem por uma quarenta, isso somado ao tempo de intervalo entre as doses, sendo preciso ficar na ilha por, pelo menos, dois meses.

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