Ativo digital foi usado para pagar parte do salário de Lionel Messi no PSG e tem versões de clubes brasileiros e de seleções
por Juliana Causin em 19/08/21 20:00
Além da façanha de contratar a estrela do futebol argentino Lionel Messi, o clube de futebol francês PSG (Paris Saint-Germain) concretizou a primeira contratação de um jogador com uma parte do pagamento em criptomoedas. A informação foi divulgada pelo próprio clube na última quinta-feira (12).
Segundo comunicado do PSG, “a inclusão dos $PSG Fan Tokens no pacote de boas-vindas do jogador o liga instantaneamente a milhões de fãs do Paris Saint-Germain em todo o mundo”. A novidade fez com o que o valor da moeda do time francês chegasse a triplicar, de US$ 20 para US$ 60.
O clube não informou qual o valor total será pago em criptomoedas. Os tokens complementam um salário que será de 35 milhões de euros por temporada, o que equivale a cerca de R$ 214 milhões.
Além do PSG, grandes clubes do futebol europeu utilizam os fans tokens para engordar as receitas e trazer mais engajamento das torcidas – caso do Manchester City, Milan e Barcelona. No Brasil, a novidade já chegou a clubes como o Corinthians e o Atlético-MG.
No início de agosto, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) arrecadou cerca de R$ 91 milhões com a pré-venda de seus criptoativos para 13.658 pessoas. Na última terça-feira (17), a novidade para os entusiastas do esporte chegou também para a Fórmula 1, com negociação feita pelo Mercado Bitcoin a partir da Chiliz, especializada nos tokens esportivos.
Os fan tokens, ou tokens de fãs, são um tipo de criptomoeda que permite o engajamento dos torcedores em determinadas ações dentro dos clubes. No PSG, por exemplo, os compradores podem ter acesso a recompensas, além de conteúdos ou experiências exclusivas. Em entrevista ao MyNews Investe, Fabio Alves Moura, sócio-fundador da AMX Law, explica os tokens, além de ajudar no financiamento dos clubes, foram criados para aumentar o engajamento dos torcedores.
“Os clubes dão alguns direitos aos torcedores via fan tokens. Alguns permitem que eles assistam a um conteúdo exclusivo, possa comprar ingressos antecipadamente”, diz. Ele explica que alguns clubes usam os ativos para incluir os torcedores em decisões internas. “Então os clubes permitem que quem tem o fan token possa votar em decisões. Por exemplo: o técnico saiu. Quem vai ser o novo técnico? O clube coloca essa questão para os torcedores”, explica ele.
Como outras moedas digitais, os tokens têm seu valor determinado pela variação no mercado e podem sofrer com variações. Em geral, o bom momento dos clubes dentro de campo ou grandes negociações como a de Messi impulsionam o valor dos tokens.
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