Expectativa para divulgação do payroll pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos era grande e números vieram abaixo do esperado
por Tatiana Nascimento em 08/10/21 19:14
Não que seja uma novidade, claro, mas o mundo estava com os olhos voltados para os Estados Unidos nesta sexta-feira. A expectativa era grande para a divulgação pelo Departamento do Trabalho do payroll, o relatório de empregos não-agrícolas do país. E os números vieram bem abaixo do esperado. O documento apontou uma geração de 194 mil postos de trabalho em setembro. Resultado bem distante dos 500 mil postos projetados pelos analistas.
A previsão otimista do mercado levava em conta a redução da onda de infecções por Covid-19 durante o verão norte-americano. Com isso, haveria uma demanda maior por serviços que exigem contato, como, por exemplo, a alimentação fora de casa. Aparentemente, não foi o que aconteceu e o resultado “tímido” do mês passado agora pode esfriar a possibilidade de uma rápida aceleração no crescimento econômico do país governado por Joe Biden.
Tamanha ansiedade – e frustação – com o payroll se explica porque o relatório de emprego é o único dado disponível antes da reunião de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. O encontro está marcado para os dias 2 e 3 de novembro. O que os investidores agora querem saber é como ele irá influenciar o Fed na decisão de retirar estímulos à economia e aumentar a taxa de juros.
Por conta da pandemia da Covid-19, em 2020, foram injetados mais de US$ 3 bilhões na economia norte-americana. E, neste ano, também como uma forma de ajudar o mercado a lidar com a crise econômica, o Federal Reserve passou a comprar todos os meses US$ 120 bilhões em títulos públicos. O presidente do Fed, Jerome Powell, tinha dito, mês passado, que “um relatório de empregos razoavelmente bom” poderia levar o banco central a iniciar a retirada dos estímulos.
Mas o payroll divulgado nesta sexta-feira não foi de todo ruim para a economia dos Estados Unidos. Os dados de agosto foram revisados e, ao invés da criação de 235 mil vagas anteriormente divulgadas, foram registrados efetivamente 366 mil novos postos de trabalho no país naquele mês. Outro dado positivo foi o recuo da taxa de desemprego, de 5,2% em agosto para 4,8% em setembro.
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