Jornalismo Independente
Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes | Foto: Carlos Moura/SCO/STF
Segundo ministro, o recrudescimento ocorreu após a busca e apreensão e a imposição de medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro
Em despacho neste sábado, 19, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afirmou que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL/SP) “intensificou as condutas ilícitas” após a busca e apreensão e a imposição de medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na sexta-feira 18.
Diante disso, Moraes colocou alguns links de páginas na internet e determinou que eles sejam juntados ao inquérito. O deputado licenciado é investigado por: coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Leia mais: “Operação da Polícia Federal com Bolsonaro é destaque na imprensa internacional”
“Após a adoção de medidas investigativas de busca e apreensão domiciliar e pessoal, bem como e imposição de medidas cautelares em
face de Jair Messias Bolsonaro, o investigado Eduardo Nantes Bolsonaro, intensificou as condutas ilícitas objeto desta investigação, por meio de diversas postagens e ataques ao Supremo Tribunal Federal nas redes sociais”, escreveu o ministro.
Um dos conteúdos que Moraes faz referência é uma nota em que o deputado licenciado classificou a operação da Polícia Federal como “invasão” e chamou o magistrado de “ditador” e “gangster de toga”. Ele também afirma que seu grupo político não vai parar: “Alexandre precisa entender que suas ações intimidatórias não têm mais efeito.”
Em outra postagem, Eduardo Bolsonaro zomba Moraes pelo fato dele ter tido o visto revogado por decisão do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. “Talvez o Moraes não sabe se o Filipe Martins foi ou não aos EUA, mas agora todo mundo sabe que o Moraes não vai!”, ironizou o filho do ex-presidente.
