Segundo Breno Pires, da revista Piauí, presidente não está participando diretamente de acordos que favorecem tais companhias
por Camilla Lucena* em 12/07/24 18:50
Breno Pires jornalista investigativo da Piauí | Foto: Reprodução/MyNews
Não há indícios de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteja participando diretamente desses acordos que beneficiam empresas que são antigas aliadas de seu partido. Foi o que afirmou ao Segunda Chamada o jornalista investigativo Breno Pires, da revista Piauí. Para ele, a Secretaria de Consenso do Tribunal de Contas da União (TCU) está vinculada a uma diretriz da Casa Civil do governo Lula para renegociar as concessões de infraestrutura que enfrentaram problemas ao longo das últimas décadas.
No entanto, conforme explicou o jornalista, a solução prevista em lei para esses casos seria realizar uma relicitação, isto é, “a empresa concorda em entregar a concessão, devolver a concessão, e receber uma indenização pelos investimentos [realizados]”. Este procedimento já estava sendo adotado para alguns aeroportos, como o de Viracopos, em Campinas, e do Galeão, no Rio de Janeiro, e rodovias espalhadas pelo Sudeste.
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“A reabilitação, por exemplo, da concessão de Viracopos, que está em negociação, tem empresários da UTC engenharia, que foi uma empresa que foi pega na Lava-jato”, disse Breno Pires. “Algumas dessas empresas têm uma relação histórica com o PT, e o governo está tendo uma posição prioritária de fazer quem está na concessão continuar”.
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Na visão do jornalista da Piauí, ainda que o atual presidente não esteja diretamente envolvido, os acordos negociados pela secretaria de consenso do TCU permitem que algumas empresas que são antigas aliadas do PT “virem a página”. Para ele, essa tentativa de reestruturar as concessões dessas empresas tem importância política para o governo.
“O governo, hoje, quer dizer que as concessões que Dilma Rousseff fez em 2013, 2014, e que foram um fracasso, agora vão dar certo”, explicou. “Tem questões de ganhos políticos e ganhos de imagem caso essas apostas nessas renegociações deem certo.”
*Sob supervisão de Sofia Pilagallo
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