Na madrugada desta quinta-feira (26), câmeras de segurança registraram um policial militar disparando à queima-roupa contra um homem de 24 anos na cidade de São Paulo. O incidente ocorreu durante uma intervenção da Polícia Militar (PM) para liberar uma rua supostamente bloqueada por moradores. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o rapaz […]
Na madrugada desta quinta-feira (26), câmeras de segurança registraram um policial militar disparando à queima-roupa contra um homem de 24 anos na cidade de São Paulo. O incidente ocorreu durante uma intervenção da Polícia Militar (PM) para liberar uma rua supostamente bloqueada por moradores.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o rapaz teria tentado tomar a arma de um dos policiais, momento em que outro agente interveio e efetuou o disparo. Imagens do local mostram o jovem gravando a ação antes de ser agredido por um dos policiais. Na sequência, outro agente realizou o disparo.
A vítima foi socorrida e encaminhada a um hospital em Osasco, na região metropolitana, mas até o momento não há informações sobre seu estado de saúde. O caso foi registrado no 89º Distrito Policial do Jardim Taboão, que investiga o ocorrido.
Investigação e medidas
Em nota, a SSP informou que a Polícia Militar abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso. “Desvios de conduta não são tolerados pela corporação, e todas as medidas cabíveis serão tomadas em caso de abuso por parte dos policiais”, declarou o órgão.
A ação ocorre dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinar um decreto que estabelece novas diretrizes para a atuação das forças de segurança no Brasil, incluindo a restrição ao uso de armas letais. O texto reforça a necessidade de implementar o uso progressivo da força, reservando o uso letal como último recurso.
“Dentro do Estado Democrático de Direito, a força letal não pode ser a primeira reação das polícias. É preciso que se implante, de forma racional e consciente, o uso progressivo da força”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Os estados têm até 90 dias para regulamentar as novas diretrizes.
Contexto e repercussão
O episódio reacende o debate sobre a abordagem policial e o uso de força no Brasil. A exigência de maior controle e transparência na atuação das forças de segurança ganha relevância, especialmente diante da publicação recente do decreto presidencial.
O caso deverá ser acompanhado de perto por órgãos de controle e pela sociedade, enquanto a Polícia Militar avalia as imagens e apura a conduta dos envolvidos.
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