Opinião

CORRIDA ELEITORAL

Candidatos não querem que Marçal saia como vítima de confronto com Datena, diz jornalista

Segundo Beatriz Manfredini, nova estratégia de Tabata, Nunes e Boulos é tratar a agressão como um erro, mas sempre reforçando o comportamento provocativo do influenciador

por Camilla Lucena* em 18/09/24 14:41

Candidatos à Prefeitura de São Paulo participaram de debate na TV Cultura no último domingo (15) | Foto: Reprodução/TV Cultura

Nenhum dos candidatos à Prefeitura de São Paulo quer que Pablo Marçal (PRTB) saia como vítima do confronto com o José Luiz Datena (PSDB), afirmou a jornalista Beatriz Manfredini, repórter da Jovem Pan, durante participação no Segunda Chamada de segunda-feira (16). A intenção de Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB) é tirar o influenciador dos holofotes, uma vez que a postura dele durante os debates ofusca seus oponentes.

No domingo (15), durante debate realizado pela TV Cultura, Datena acertou Marçal com uma cadeira. Imediatamente antes da agressão, o influenciador afirmou que o adversário “não era homem” para bater nele e o chamou de “arregão”.

Seguranças precisaram entraram no palco para conter a situação. Datena foi expulso do debate, enquanto Marçal deixou os estúdios por vontade própria, alegando mal-estar, e foi para o hospital. A agressão foi o ponto alto da tensão entre os candidatos, que vinha em uma crescente. O tucano afirmou não ter se arrependido da agressão e que esperava ter “lavado a alma de milhões”.

Segundo a jornalista Beatriz Manfredini, que conversou com as campanhas de Boulos, Nunes e Tabata, a atual estratégia é tratar o ocorrido como um erro por parte de Datena e, ao mesmo tempo, reforçar que Marçal vinha ultrapassando os limites do aceitável. Desde o primeiro debate televisionado entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, em 8 de agosto, Marçal vem chamado a atenção pelas recorrentes ofensas e ataques pessoais direcionadas aos adversários.

“A ideia é eles pontuarem de forma rápida […] que foi um erro a agressão, mas, ao mesmo tempo, […] a gente percebe que todos falam o seguinte: ‘Foi um erro, mas o Marçal estava passando dos limites’; ‘Foi um erro, mas estava difícil de conviver com ele [Pablo Marçal] nos debates desde o início’. Então, é uma estratégia tentar não jogar essa luz sobre Marçal”, explicou a jornalista.

“Os [outros] candidatos acabam respaldando esse discurso [de proteção ao Datena] quando não fazem um repúdio de forma enfática”, acrescentou ela, ressaltando que essa postura coletiva dos candidatos aponta para uma nova tentativa de isolar Marçal na corrida eleitoral.

Assista abaixo ao Segunda Chamada de segunda-feira (16):

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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