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Opinião

SEGUNDA CHAMADA

Comparar ‘gabinete do ódio’ de Bolsonaro com suposto ‘gabinete da ousadia’ sob Lula é descabido, diz advogada

Reportagem d'O Estado de S. Paulo apontou que membros da Secom se reúnem diariamente para definir estratégias de comunicação nas redes

por Redação em 18/06/24 16:47

Afonso Marangoni recebe a jornalista Mara Luquet e a advogada Estela Aranha no Segunda Chamada de segunda-feira (17)

Comparar o “gabinete do ódio” instaurado no governo Bolsonaro com o “gabinete da ousadia” sob Lula é descabido. Foi o que afirmou a advogada Estela Aranha, ex-assessora especial da Secretaria Nacional para Direitos Digitais do Ministério da Justiça. A declaração foi dada no programa Segunda Chamada de segunda-feira (17), em que Afonso Marangoni levantou discussão sobre essa suposta estrutura articulada pelo governo federal, descrita pela primeira vez em reportagem d’O Estado de S. Paulo.

Segundo a apuração do jornal, “membros da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República se reúnem diariamente com equipes do que ficou conhecido como ‘gabinete da ousadia’ do PT, versão do ‘gabinete do ódio’ da gestão Bolsonaro’. “Eles definem estratégias para ‘pautar as redes’ e, eventualmente, influenciadores pró-governo também são chamados para tratar de assuntos que interessam ao Planalto”, diz ainda o texto. Para Estela, essa dinâmica nada tem a ver com a estrutura montada no governo anterior, que tinha o intuito de disseminar notícias falsas e atacar autoridades a fim de obter ganhos políticos.

Leia também: Como funciona o “Gabinete do Ódio”, segundo documentos do STF

“Não é porque se faz reunião e se discutem pautas políticas que é gabinete do ódio”, afirmou Estela. “Eventualmente, podem ter circulado nas redes publicações esquisitas [que contivessem fake news ou ataques pessoais a figuras da oposição], mas isso não significa que exista uma estrutura estatal por trás disso. Não tem nenhuma equivalência, nenhuma simetria.”

A jornalista Mara Luquet, que também participou do debate, faz a mesma avaliação. Ela acredita que não haja um novo “gabinete do ódio” sob Lula, e que qualquer comparação dessa dinâmica com o “gabinete de ódio” de Bolsonaro é indevida. Para ela, não há nada antiético ou imoral em promover reuniões diárias para discutir e alinhar políticas de comunicação — principalmente se a finalidade dessas políticas for disseminar informações confiáveis e promover uma educação midiática.

“É importante que o governo não esconda o que vem fazendo, porque não há nada de errado nisso”, disse Mara. “Mas é preciso mostrar como é feito, e chamar à responsabilidade se erros forem cometidos no caminho.”

Assista ao trecho do Segunda Chamada de segunda-feira abaixo:

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