Câmara pode votar nesta semana projeto de lei que quer anistiar todos aqueles que participaram do movimento que culminou com os atos golpistas
por Sofia Pilagallo em 09/09/24 19:34
Jornalista Ricardo Kotscho responde a perguntas de internautas no 'Pergunte ao Kotscho' desta segunda-feira (9) | Foto: Reprodução/MyNews
O objetivo final dos parlamentares que pedem perdão aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 é conceder anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro para que ele possa ser candidato à Presidência da República em 2026. Foi o que afirmou o jornalista Ricardo Kotscho durante o “Pergunte ao Kotscho” desta segunda-feira (9), quadro em que ele responde a perguntas de internautas sobre os assuntos mais comentados da semana.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados pode votar, nesta terça-feira (10), um projeto de lei que quer anistiar todos aqueles que participaram do movimento que culminou com os ataques antidemocráticos contra os Três Poderes, em Brasília. Isso inclui não só os manifestantes que invadiram e depredaram os prédios das instituições, mas todas as pessoas que financiaram ou deram apoio a esses crimes, inclusive pelas redes sociais.
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Em janeiro de 2023, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a inclusão de Bolsonaro na investigação que apura os atos golpistas depois que ele postou um vídeo nas redes questionando o resultado da eleição de 2022, dois dias depois dos ataques. O vídeo, que fora rapidamente apagado por ele próprio, reiterava a tese infundada de que houve fraude no processo eleitoral, o que caracteriza crime contra o Estado Democrático de Direito. Um ano e oito meses depois, o ex-presidente ainda não foi julgado pela corte.
“O Supremo está demorando demais para julgar os processos contra Bolsonaro. Enquanto isso, ele se aproveita”, disse Kotscho, acrescentando que não duvida que o projeto de lei que quer conceder anistia aos envolvidos do 8 de Janeiro seja aprovado. “Caso ele consiga [se candidatar], o que eu acho muito difícil, ele já tem um adversário forte, que é Pablo Marçal”, acrescentou o jornalista, em referência ao candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB que “dividiu a extrema direita”.
A pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada na quinta-feira passada (5), mostrou um empate técnico entre três candidatos na disputa em São Paulo. Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 23% das intenções de voto, seguido de Ricardo Nunes (MDB), com 22%, e Marçal, também com 22%. Embora Nunes seja o candidato apoiado por Bolsonaro, Marçal lidera entre bolsonaristas e atingiu metade das intenções de voto nessa parte do eleitorado, à frente do emebedista (28%).
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