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ESTADOS UNIDOS

Biden anuncia medidas para restringir armas

Anúncio é feito após uma série de tiroteios nos EUA. Biden classifica situação como “epidemia de violência” e fala em “crise de saúde pública”

por Hermínio Bernardo em 09/04/21 14:35

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou uma série de medidas para controlar o acesso a armas de fogo.

Entre as medidas estão o incentivo para que estados removam o porte de pessoas que possam apresentar risco à sociedade, programas em comunidade com altos índices de violência e restrição às armas fantasmas.

As “armas fantasmas” são aquelas em que as pessoas compram as peças separadamente e montam o armamento em casa. Desta maneira, a arma não tem número de série e não pode ser rastreada.

Democrata Joe Biden, presidente eleito dos EUA.
Democrata Joe Biden, presidente eleito dos EUA. Foto: Gage Skidmore (Domínio Público).

Em pronunciamento, Biden disse que a violência das armas causa uma crise de saúde pública que custa 280 bilhões de dólares por ano. Ele classificou a situação como uma epidemia de violência.

“A violência armada neste país é uma epidemia. Vou repetir: a violência armada neste país é uma epidemia e é um constrangimento internacional”, declarou.

Os Democratas e parte da sociedade americana pressionam por mais restrições após uma série de tiroteios nas últimas semanas. O presidente lembrou estes casos.

“Todos os dias neste país, 316 pessoas são baleadas. Todo dia. 106 deles morrem todos os dias. Nossa bandeira ainda estava hasteada a meio mastro para as vítimas do horrível assassinato de oito pessoas principalmente asiáticos na Geórgia, quando mais dez vidas foram tiradas em um assassinato em massa no Colorado. Vocês provavelmente não ouviram, mas entre esses dois incidentes, com menos de uma semana de intervalo, houve mais de 850 tiroteios a mais. 850. Que tiraram a vida de mais de 250 pessoas e deixaram 500  feridos. Isso é uma epidemia, pelo amor de Deus. E isso tem que parar”, afirmou o presidente.

Quatro casos recentes repercutiram na sociedade americana. Há duas semanas, no Colorado, um criminoso abriu fogo num supermercado e matou dez pessoas. Na semana anterior, um homem atacou três casas de massagem na Geórgia, deixando oito mortos. Quase todas as vítimas eram mulheres asiáticas, o que gerou um debate sobre racismo e preconceito. Na semana passada, um tiroteio deixou quatro mortos na Califórnia, com uma criança entre as vítimas.

O último caso aconteceu na noite desta quinta-feira após o pronunciamento de Biden.

O ex-jogador de futebol americano Phillip Adams matou cinco pessoas e se matou na sequência na Carolina do Sul. Ele matou o médico Robert Lesslie, a esposa, dois netos do médico e um homem que trabalhava na casa que foi invadida por Adams. A polícia investiga a motivação do crime.

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