Imunizante ainda não foi aprovado pela Anvisa; Consórcio do Nordeste já tem acordo para compra de 37 milhões de doses
por Gabriela Lisbôa em 07/04/21 12:20
O presidente Jair Bolsonaro conversou nesta terça-feira (6) com o líder russo, Vladimir Putin, sobre a possível compra de dez milhões de doses da vacina Sputinik V. De acordo com a secretaria de Comunicação Social do governo, a conversa aconteceu por telefone e foi acompanhada pelo diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barras Torres e pelos ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França.
A Sputinik V começou a ser produzida no Brasil em janeiro no Distrito Federal e em São Paulo, duas unidades da União Química, uma empresa brasileira que é parceira do Fundo Russo de Investimento Direto. O primeiro lote ficou pronto no dia 30 de março. Apesar disso, o governo federal ainda não tinha se manifestado sobre a compra.
Essa vacina ainda não foi aprovada pela Anvisa para uso emergencial, o pedido já foi feito, mas segue em análise. Uma comitiva da agência vai fazer uma viagem para a Rússia para avaliar as condições de fabricação, mas a data da excursão ainda não foi divulgada.
A vacina russa já está sendo usada por outros países, como a Argentina, que em dezembro anunciou a compra de mais de 20 milhões de doses.
O Consórcio do Nordeste, grupo criado por governadores nordestinos, já fechou contrato com o Fundo Soberano Russo para a compra de 37 milhões de doses da Sputinik V. Estados e municípios têm autorização para importar vacinas que já tenham sido aprovadas por agências reguladoras de outros países.
O Observatório Covid-19 da Fiocruz divulgou um dado alarmante. Além de o contágio estar acelerado no Brasil, o país teve aumento da taxa de letalidade da doença. No fim de 2020, essa taxa era de 2%. No início de 2021, passou para 3,3%. Agora está batendo 4,2%. De acordo com a Fiocruz, o que provocou esse aumento é a lotação dos hospitais, que faz com com que muitas pessoas acabem morrendo sem conseguir atendimento médico ou vaga na UTI.
De acordo com boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura de Araraquara, o lockdown severo de dez dias já apresenta resultados. A cidade não registrou mortes causadas pela covid-19 pelo segundo dia consecutivo. Além disso, teve uma redução de 33% no número de casos registrados em março, em relação a fevereiro. A ocupação de leitos de UTI e leitos de enfermaria na cidade também caiu — dos 178 internados, 98 são de outras cidades que não fizeram lockdown.
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