Bolsonaro e Lula são muito parecidos, diz João Amoêdo

João Amoêdo, empresário e fundador do Partido Novo, fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e também ao ex-presidente Lula (PT). Para ele, Bolsonaro deveria sofrer o impeachment.

“Ele [Bolsonaro] tem se mostrado totalmente incapaz de conduzir a nação e, além disso, tem cometido crimes de responsabilidade. O presidente, ao invés de combater o vírus, na verdade, ele é um agente que dissemina o vírus. Ele participa de manifestações, promove aglomerações, é contra o uso de máscaras , faz propaganda de tratamentos preventivos que já demonstraram que não funcionam, demorou para comprar e questionou a eficácia das vacinas”, afirma o político em entrevista ao Dinheiro na Conta do MyNews.

Sobre as votações do Partido Novo no Congresso, que costumam acompanhar as orientações do Palácio do Planalto, Amoêdo diz que há uma aproximação com a agenda do ministro da Economia, Paulo Guedes, mas também faz críticas ao “Posto Ipiranga”.

“Havia uma promessa de privatizações do ministro Paulo Guedes e elas não ocorreram. O que ocorreu foram interferências na Petrobras e saída do seu presidente, interferência no Banco do Brasil quando sinalizou que iria fazer um enxugamento das agências reduzindo custos, como deve funcionar, de fato, uma empresa privada e, novamente, por interferência do governo, a gente perde outro gestor, que parecia ser de qualidade”.

Sobre a próxima eleição eleição e uma possível disputa entre Bolsonaro e Lula, o empresário faz comparações entre os dois políticos: “Nós temos que trabalhar muito para que não se repita esse cenário de Bolsonaro e Lula. Os dois são muito parecidos: a busca de um salvador da pátria, o discurso populista. Nós tivemos uma década perdida onde o PIB per capita teve crescimento negativo, ou seja, as pessoas empobreceram. Todos os dois tem um combate firme contra a Lava Jato, que vinha fazendo um papel excepcional no combate a corrupção. Os dois são sócios nessa destruição. Acho muito ruim se nós não formos capazes, como nação, como cidadão de apresentarmos outras candidaturas que possam ser competitivas em relação a esses dois”.

Amoêdo, que foi candidato à presidência da República nas eleições de 2018, afirmou que ainda não está pensando se vai concorrer novamente em 2022. Segundo ele, o momento é de discussão para traçar um plano para o país que resolva os problemas de saúde, educação e da economia brasileira.