Cientista político Rodrigo Prando destaca a importância do ato após um processo eleitoral conturbado
Em 12/12/22 17:31
por Coluna do Prando
Rodrigo Augusto Prando é Mestre e Doutor em Sociologia, Professor universitário e pesquisador. Conselheiro do Instituto Não Aceito Corrupção, membro da Comissão Permanente de Estudos de Políticas e Mídias Sociais do Instituto dos Advogados de São Paulo e voluntário do Movimento Escoteiro.Textos essenciais de serem lidos para acompanhar e refletir sobre os movimentos da sociedade e do Poder.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB) foram diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira (12).
Na cerimônia, que confirma a aptidão da posse presidencial, Lula se referiu à solenidade como uma “celebração da democracia”.
“Este não é um diploma do Lula presidente. É um diploma de uma parcela significativa do povo que ganhou o direito de viver em democracia. Vocês ganharam esse diploma”, disse Lula no discurso após a diplomação.
O ato foi realizado pela primeira vez em 1946 e marca o fim de um processo eleitoral, formalizando a decisão da população nas eleições. Neste ano, Lula e Alckmin receberam os diplomas assinados pelo ministro do TSE, Alexandre de Moraes, que também discursou em defesa da democracia. Os diplomas atestam que as eleições foram legítimas e garante que ambos exerçam os seus mandatos a partir do dia 1 de janeiro de 2023.
Em entrevista ao Almoço do MyNews, o cientista político Rodrigo Prando diferenciou a diplomação da cerimônia de posse, que deve acontecer no primeiro dia do próximo ano.
“É necessário destacar que há dois atos: um jurídico e o outro público. A diplomação se encaixa no ato jurídico. Ao diplomar o presidente e o vice-presidente, torna os dois aptos a assumir e a legitimar suas representações. Diferente da posse, que se trata de um ato público, realizado após a diplomação, e que de fato o governo se inicia”, comenta Rodrigo.
Prando destaca, ainda, a importância do ato após um processo eleitoral conturbado: “Essa diplomação, que costuma ser algo sem tanta importância, a possui agora, pois o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou quatro anos colocando em dúvida as eleições, atacando as urnas e o sistema eleitoral e até hoje não realizou um ato em que deixasse claro que foi derrotado”.
“Esse tipo de conduta acaba alimentando grupos golpistas que não reconhecem o resultado das eleições”, completou o cientista político.
Veja a entrevista completa no Almoço do MyNews
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