Política

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CPI tem crítica a desfile de blindados e depoimento de coronel

Omar Aziz classifica desfile como patético. Randolfe compara com Coreia do Norte. Em depoimento à CPI, Helcio Bruno ficou em silêncio em vários momentos

por Hermínio Bernardo em 10/08/21 21:54

O desfile militar desta terça-feira (10) em Brasília foi um dos temas centrais da CPI da Pandemia. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD/AM), abriu a sessão com um pronunciamento contra o desfile. Ele falou que foi uma cena patética que evidenciou a fraqueza do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Bolsonaro imagina com isso estar mostrando força, mas na verdade está evidenciando toda a fraqueza de um presidente acuado pelas investigações de corrupção. Não haverá voto impresso, não haverá nenhum tipo de golpe contra a nossa democracia. As instituições, com o Congresso à frente, não deixarão que isso aconteça. A democracia tem instrumentos para defender a própria democracia contra arroubos golpistas”, declarou Aziz.

Da esquerda para direita, os senadores Renan Calheiros, relator da CPI, Omar Aziz, presidente, e Randolfe Rodrigues, vice.
Da esquerda para direita, os senadores Renan Calheiros, relator da CPI, Omar Aziz, presidente, e Randolfe Rodrigues, vice. Foto: Jefferson Rudy (Agência Senado)

Outros senadores também endossaram as críticas, como Simone Tebet (MDB/MS) e Alessandro Vieira (CIDADANIA/SE). O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (REDE/AP), comparou o desfile militar com eventos que acontecem na Coreia do Norte.

“O que estamos vendo neste instante na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, é uma patética demonstração de fraqueza, mais patético que aqueles desfiles de Kim Jong-un, em Pyongyang, na Coreia do Norte, porque aqueles, pelo menos, são para demonstrar força para o inimigo externo. Este daqui é para demonstrar força diante de quem? A força a ser demonstrada hoje, senhor presidente, e talvez seja não para demonstrar força, mas para esconder, para esconder e desviar atenção do que realmente importa”, disse Randolfe.

Coronel Helcio silenciou em vários momentos de depoimento à CPI

O coronel Helcio Bruno de Almeida, que é presidente do Instituto Força Brasil, prestou depoimento nesta terça-feira na CPI. O coronel intermediou o encontro entre o então-secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, e intermediários de uma empresa que queriam vender vacina para o governo. Nesta negociação, houve a acusação do PM Luiz Paulo Dominghetti de um pedido de propina de US$ 1 por dose.

O Instituto Força Brasil se classifica como “pró-vida”, “pró-família”, “pró-armas” e “pró-liberdade”. É conhecido por publicações negacionistas, com fake news sobre a pandemia, e postagens que afrontam a democracia, pedindo a destituição do Supremo Tribunal Federal (STF). Helcio Bruno permaneceu em silêncio em várias perguntas após conseguir uma liminar no STF. Os senadores ironizaram o fato.

Em outro momento em que o relator Renan Calheiros (MDB/AL) perguntou se Helcio Bruno havia participado de um jantar com o PM Dominguetti, o coronel negou e foi desmentido na hora com uma foto. Na sequência, declarou que era um almoço e não jantar.


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