“Dilma nunca usou o discurso de que é mãe para ganhar votos”, diz cientista político

Dilma Rousseff – Foto: Reprodução / Redes sociais

Os presidenciáveis precisam dos votos femininos para vencer esta eleição, mas não sabem o que querem as mulheres. Após o debate do último domingo, com os ataques de Jair Bolsonaro à jornalista Vera Magalhães, e o desempenho dos outros candidatos, esse foi o senso comum entre os convidados do Segunda Chamada desta segunda-feira (29/08).

Mara Luquet recebeu a jornalista Cristina Fibe, o cientista político e presidente do Ipespe, Antonio Lavareda, e o jornalista e escritor Rodrigo Alvarez, para comentar a importância das mulheres na eleição deste ano e como as pautas feministas estão presentes (ou, infelizmente, ausentes neste caso) no discurso e postura dos presidenciáveis.

“É preciso lembrar que as pautas feministas ou identitárias fazem sentido para alguns grupos, mas não para as mulheres de todo o Brasil. O mundo cristão evangélico que é eleitor do Bolsonaro ainda coloca as mulheres em segundo plano na história”, destacou Rodrigo Alvarez, que acaba de lançar o livro “O Candidato”. Para Antonio Lavareda, em um contraste com o discurso maternal da candidata Simone Tebet, no passado a figura de Dilma Rousseff mudou o rumo de como se fazia eleições, sem conduzir a narrativa pelo mesmo lado. “Dilma nunca precisou usar o argumento de que é mãe para ganhar votos ou se eleger”, concluiu o cientista político.

Para acompanhar a conversa completa deste quarteto, assista o Segunda Chamada deste segunda-feira (29/08)