Quebra de sigilo bancário mostra que esquema também acontecia no gabinete de Carlos e do próprio presidente Bolsonaro, quando era deputado
por Luciana Tortorello em 15/03/21 16:22
O professor e historiador Marco Antônio Villa afirmou que a rachadinha nada mais é que, “peculato, desvio de dinheiro público, é crime, é cadeia, desde que devidamente comprovado”. A declaração foi feita ao analisar as novas denúncias envolvendo a família Bolsonaro.
Ao menos quatro funcionários do gabinete do vereador Carlos Bolsonaro sacaram 87% de seus salários em dinheiro vivo. A ação segue o mesmo padrão observado nas investigações feitas no caso das rachadinhas de Flávio Bolsonaro e Queiroz. A informação foi divulgada por uma reportagem do Portal UOL nesta segunda-feira (15).
A reportagem afirma que, desde julho de 2019, o Ministério Público do Rio de Janeiro estava investigando suspeitas de rachadinha também no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro. A assessoria do vereador não vai se manifestar, alegando que os processos correm em sigilo.
Em entrevista ao Almoço do MyNews, Villa disse essa divulgação não surpreende.
“Não causa nenhuma surpresa de que isso na Câmara Municipal, no gabinete de Carlos Bolsonaro. O que eu sinto é que essas denúncias gravíssimas e que me parecem suficientes, não avancem na justiça do Rio de Janeiro”.
Villa aponta que, no esquema da rachadinha, há outros crimes além de peculato.
“Como é uma estrutura que envolve algumas vezes, dezenas de pessoas, é uma quadrilha e isso é usado para outros fins, como por exemplo compra de imóveis, lavagem de dinheiro. Só ai três crimes cometidas pela ORCRIM Bolsonaro, uma organização criminosa”, afirmou.
Villa declarou que é necessário analisar as denúncias e disse não acreditar que exista uma blindagem da mídia para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“É a mesma coisa que o Bolsonaro fala e os bolsonaristas que tem suas inúmeras gargantas de aluguel, por concessões de rádio e concessões de tv. As questões que envolviam o chefe da ORCRIM, o Jair, sempre foram divulgadas, primeiro com a mulher 01, depois com a mulher 02, depois com a mulher 03, basta ver os depósitos do Queiroz, na conta da mulher 03, a questão que envolve Flávio idem e a questão de Carlos, já se sabia. Portanto, não há nenhuma conspiração para blindar Jair”, afirmou.
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