Entrevista: Manuela D’Ávila fala sobre vida política e sobre não se candidatar em 2022

Manuela D’Avila (PCdoB), é a única pessoa no Brasil que concorreu nas duas últimas eleições no cargo de vice: foi vice na chapa com fernando Haddad em 2018 e candidata à vice nas eleições municipais de 2020 para a prefeitura de Porto Alegre, no RS. O que é motivo de orgulho, é também de lamento: “parece que cada vez mais as regras valem menos, sobretudo as regras da civilidade”, diz Manuela.

Manuela D’Avila chegou a ser convidada pelo deputado estadual Edegar Pretto para ser candidata a senadora nas próximas eleições, mas a ex-deputada federal pelo RS anunciou recentemente que não vai se candidatar em 2022. Um dos motivos é a violência que enfrenta com frequência, principalmente nas redes sociais. E não só contra ela, contra a família, inclusive a filha ainda criança. Outro motivo é a falta de união dos partidos de esquerda e do campo progressista.

Quem é Manuela D’Avila

Manuela D’Avila nasceu em Porto Alegre no dia 18 de agosto de 1981. É jornalista, formada na PUC-RS, e começou a carreira política pelo movimento estudantil em 1999. Foi a vereadora mais jovem na história da capital gaúcha, eleita em 2004, aos 23 anos. Foi duas vezes eleita para o cargo de deputada federal com recorde de votação, em 2006 e 2010. Em 2014, foi a deputada estadual mais votada no Rio Grande do Sul.

No Congresso, foi integrante da Comissão de Educação, Cultura e Esportes entre 2005 e 2006, e chegou a presidir os trabalhos em 2006.

Autora de vários livros sobre política e fake news, mãe da Laura, é casada com o cantor Duca Leindecker, líder da banda Cidadão Quem.

Na conversa com a jornalista Mara Luquet, a ex-deputada federal pelo RS, fala sobre a violência no momento político, as agressões e ameaças que sofre e as razões pelas quais não concorrerá às eleições este ano.

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