O imóvel era habitado pelo presidente Jair Bolsonaro enquanto ele era casado com a advogada Ana Cristina Valle, também investigada no caso das rachadinhas
por Sara Goldschmidt em 13/09/21 12:43
Uma casa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na qual ele morava quando ainda era casado com a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, consta como endereço de entrega de correspondências de quatro suspeitos de serem funcionários fantasmas do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho “02” do presidente. A informação é do jornal ‘Folha de S.Paulo‘.
Os dados aparecem no cadastro da Receita Federal ou da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e constam nos autos da investigação do Ministério Público (MP) carioca.
No fim do mês de agosto, o MP do Rio de Janeiro (RJ) autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal de Carlos Bolsonaro, e de outras 26 pessoas, incluindo a ex-mulher do presidente, Ana Cristina. A advogada é mãe do filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, e é suspeita de ser a articuladora do esquema de rachadinha no gabinete do vereador.
Segundos promotores, Carlos é suspeito de manter em seu gabinete um esquema semelhante ao atribuído ao seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), pelo qual foi denunciado sob acusação de liderar uma organização criminosa, de lavagem de dinheiro, peculato e apropriação indébita.
A antiga casa de Bolsonaro que consta nos endereços dos ex-servidores fica na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O imóvel foi adquirido pelo presidente e Ana Cristina em 2002 – ele declarou morar no endereço ao menos em duas oportunidades, em 2002 e 2006. A casa se tornou propriedade do chefe do Executivo em 2008, após a separação dos dois, e foi vendido no ano seguinte.
De acordo com o MP-RJ, esse mesmo endereço consta nos cadastros de Gilmar Marques (ex-cunhado de Ana Cristina), André Luís Procópio (irmão de Ana Cristina), Andrea Siqueira Valle (irmã de Ana Cristina) e Marta da Silva Valle (cunhada de Ana Cristina). Todos estiveram lotados no gabinete em período semelhante ao que Bolsonaro e Ana Cristina viveram na casa.
Procurados pela reportagem da Folha, nenhum dos envolvidos quis se manifestar.
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