Em reação à tragédia de Foz do Iguaçu, Flávio Dino, ex-governador do Maranhão e pré-candidato do PSB ao Senado, disse que situações excepcionais merecem medidas excepcionais e que pré-candidatos que propagem ódio, violência e a não realização de eleições deveriam ser punidos até com o impedimento do registro.
por da Redação em 11/07/22 00:11
Um crime brutal com motivações políticas fez o país parar neste domingo. Todos ficaram chocados com a escalada de violência nesta campanha eleitoral. Marcelo Arruda foi assassinado em Foz do Iguaçu na sua festa de 50 anos. Uma festa que tinha como tema a campanha do ex-presidente Lula. Ele era uma liderança petista, tesoureiro do PT, e foi assassinado pelo bolsonarista José da Rocha Guaranho.
Lideranças políticas devem se unir nesta segunda-feira para cobrar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eles vão cobrar medidas para conter a escalada de violência que está sendo estimulada pelo presidente Jair Bolsonaro entre seus seguidores. Flávio Dino, ex-governador o Maranhão e atual pré-candidato ao senado pelo Estado, contou ao MyNews numa live ontem a noite, que falou com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e com Carlos Siqueira, presidente do seu partido, o PSB. Ele pediu que cobrem do TSE o deferimento de uma medida cautelar como a que vede certas condutas de candidatos. Condutas como discursos de violência, ódio e ameaças a não realização de eleições. “Isso tem que ser proibido sob pena de impedimento do registro”, disse Dino. “Situações excepcionais demandam medidas excepcionais”. Veja a íntegra no vídeo.
Logo após a notícia do crime, Dino já havia se manifestado nas redes sociais com um post no Twitter: “Caberia ao presidente da República um pronunciamento explícito, um apelo para seus seguidores para que não usem de violência. Essa seria a diferença entre um chefe de Nação e um chefe de facção”.
O ex-deputado por Pernambuco e advogado Maurício Rands, que também participou da live, concorda com Dino. “Este episódio deveria suscitar a abertura de um procedimento porque a escalada está sendo muito grande, as violências estão ocorrendo e o presidente da República ao invés de fazer um pronunciamento inequívoco pedindo aos seus seguidores que não pratiquem violência de qualquer hipótese, condenando o ato de violência de Foz do Iguaçu, ele simplesmente retuita um tuíte genérico escritop em 2018”. disse.
Eles também sugeriram que os pré-candidatos à presidência fizessem um comunicado conjunto condenando esta escalada de violência na campanha eleitoral e cobrassem medidas do judiciário.
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