Lula classifica tarifaço como “ultimato” e cobra respeito de Trump Presidente Lula | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lula classifica tarifaço como “ultimato” e cobra respeito de Trump

Em entrevista ao The New York Times, presidente brasileiro diz aberto ao diálogo, mas que não será subserviente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu um jornal norte-americano, o The New York Times, para medir as palavras, tentar não inviabilizar uma saída, mas também dar suas estocadas no presidente Donald Trump. O líder brasileiro declarou não ter medo do tamanho do país e antigo aliado, cobrou respeito, falou em não subserviência e que está aberto ao diálogo.

Lula classificou como “ultimato” a decisão de Trump em taxar em 50% os produtos brasileiros a partir desta sexta-feira. O jornal americano não se restringiu a reproduzir as declarações do presidente do Brasil, mas publicou que Trump e Jair Bolsonaro são semelhantes nos seus perfis de não aceitarem derrotas eleitorais e que talvez não haja nenhum líder mundial desafiando o Trump tão fortemente quanto Lula.

As declarações de Lula:

Máxima seriedade

“Tenha certeza de que estamos tratando isso com a máxima seriedade. Mas seriedade não exige subserviência. Eu trato todos com grande respeito. Mas quero ser tratado com respeito”

Tamanho não é documento

“Em nenhum momento o Brasil vai negociar como se fosse um país pequeno diante de um país grande. Nós conhecemos o poder econômico dos Estados Unidos, reconhecemos o poder militar dos Estados Unidos,  reconhecemos o tamanho tecnológico dos Estados Unidos. Mas isso não nos deixa com medo. Nos deixa preocupados.”

Ultimato, não

“O comportamento do presidente Trump desviou de todos os padrões de negociações e diplomacia. Quando você tem uma divergência comercial, uma divergência política, você pega o telefone, marca uma reunião, conversa e tenta resolver o problema. O que você não faz é taxar e dar um ultimato.”

Ninguém merece

“Nem o povo americano nem o povo brasileiro merecem isso. Porque vamos passar de uma relação diplomática de 201 anos de ganha-ganha para uma relação política de perde-perde.”

 

 

 

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