Lula e Alckmin participaram de um evento em São Paulo, mas foram discretos quanto à uma possível aliança
por Sara Goldschmidt em 20/12/21 12:30
Na noite deste de domingo (19), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) tiveram seu primeiro encontro público, durante um jantar em São Paulo. O evento foi promovido pelo grupo de advogados Prerrogativas, no restaurante A Figueira Rubaiyat.
O jantar contou com a presença de aproximadamente 500 pessoas, entre políticos, juristas, professores e apoiadores de Lula. E foi o mais amplo que o ex-presidente participou desde que recuperou seus direitos políticos, em março deste ano.
O encontro público de Lula e Alckmin vinha sendo esperado, apesar de o petista manter o discurso de que ainda não decidiu sobre a candidatura à presidência nas eleições de 2022. E nem Alckmin ter batido o martelo sobre ser vice. Ambos foram discretos no jantar deste domingo.
Em seu discurso, Lula falou em superar as rivalidades do passado, e ressaltou que o desafio daqui pra frente é a retomada da democracia. Sobre a formação de uma chapa com o ex-governador paulista, o petista falou que precisa respeitar o tempo de Alckmin, e que quem vai dizer se eles podem se juntar ou não é o partido de cada um.
Falando em partido, Alckmin ainda não decidiu para onde vai, se PSB ou PSD. Mas segundo informação do jornal Valor Econômico, Lula confirmou durante o jantar deste domingo que quer Alckmin como seu vice, mas pelo PSD. O partido sustenta a pré-candidatura do senador Rodrigo Pacheco à presidência, e havia convidado Alckmin para concorrer ao governo de São Paulo.
As negociações com o PSB, que estão mais avançadas, esbarram no fato de a sigla não aceitar apoiar em São Paulo o ex-prefeito petista Fernando Haddad, e de outras costuras estaduais. A ideia de Lula, ao articular a filiação de Alckmin no PSD, é negociar em posição de força para convencer o PSB a abrir mão da candidatura do ex-governador Márcio França ao governo paulista.
Voltando ao jantar deste domingo, a participação de Lula e Alckmin em um evento público, e com tantas pessoas, marca um passo importante para a formação de uma aliança para 2022, porque até então a articulação vinha ocorrendo somente nos bastidores.
E segundo aliados de Alckmin ouvidos pela Folha de São Paulo, ele está mais maduro na decisão de aceitar compor a chapa com Lula, porque entende que pode contribuir trazendo a candidatura do petista para o centro, afastando tentativas de taxá-la como radical de esquerda. A verba arrecadada com o jantar será doada para a campanha “Tem gente com fome”, da Coalizão Negra por Direitos. O evento angariou mais de R$ 300 mil em doações para a iniciativa, e o valor será revertido em cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social.
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