Segundo interlocutores, ex-presidente Lula disse ser questão de honra derrotar o ex-juiz Sérgio Moro nas urnas em 2022
por Sara Goldschmidt em 22/11/21 16:03
Não é só o PSDB que está com pressa para decidir quem será o candidato à Presidência da República nas eleições do ano que vem e já colocar o bloco na rua. O ex-presidente Lula (PT) está falando para os “companheiros” que não vê a hora de começar a campanha pra valer. Para ele é uma questão de honra derrotar o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) nas urnas.
Segundo apurou a jornalista Juliana Braga, do Canal MyNews, Lula quer ir para o debate com Moro porque quer mostrar todas as inconsistências da Operação Lava Jato; quer ter a oportunidade de enfrentar Moro frente a frente, mas na arena dele, a política.
Os interlocutores do líder petista, no entanto, não estão tão otimistas. Como hoje Lula é o líder nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2022, ele deve ser o alvo de todos os outros candidatos, inclusive dos mais preparados que Sérgio Moro para esse debate. E a presença do ex-juiz traz para a arena a bandeira do combate à corrupção – Moro falou sobre isso, inclusive, em seu discurso de filiação ao Podemos, no dia 10 de novembro.
Lembrando que, embora Lula esteja livre e concorrendo, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que possibilitou a entrada do ex-presidente na corrida eleitoral não analisou o mérito das acusações contra ele, somente o foro. Isso quer dizer que Lula não foi inocentado, o STF somente entendeu que o juízo competente para julgar o ex-presidente não era a 13ª Vara Federal de Curitiba.
A pressa de Lula em começar a campanha oficialmente contrasta com o seu discurso durante sua viagem pela Europa. No sábado (20), durante uma palestra ao partido de esquerda Podemos, da Espanha, ele disse que decidiria sobre sua candidatura “mais ou menos entre fevereiro ou março, porque tem muita conversa para fazer ainda”.
Nos últimos dias, o ex-presidente brasileiro foi recebido pelo presidente da França, Emmanuel Macron, pelo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e pelo futuro chanceler da Alemanha, Olaf Sholz.
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