Pesquisa Quaest em MG: Zema segue na liderança mas não cresce; Kalil ultrapassa em cenário com apoio de Lula

De acordo com a pesquisa Genial/Quaest desta sexta-feira (13), reeleição ao governo de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lidera no principal cenário eleitoral do estado. Ele tem 41% de intenções de voto e no segundo lugar está o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), com 30%. Em seguida vem o senador Carlos Viana (PL), 9%. 

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Em comparação à pesquisa do mês de março, Zema ficou estável com 41%. Kalil e Viana subiram 3 pontos. Na simulação do segundo turno, Zema teria hoje 48% dos votos contra 35% de Kalil. 

É possível ver no levantamento que existe indecisão sobre o primeiro turno entre os eleitores. Na pesquisa espontânea – quando se pergunta ao entrevistado em quem ele vai votar sem citar nome de nenhum candidato – 82% responderam que ainda não decidiram, um índice alto. Nesse formato, 10% dos eleitores falaram que devem votar em Zema, e 5% em Kalil. 

Em relação à disputa nacional, o pré-candidato à presidência da República Lula (PT) pontua com 44% dos votos, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), fica com 28%. O atual governante cresceu sete pontos desde março, mês da última pesquisa da Quaest e Lula caiu 2 pontos, estável dentro da margem de erro. 

Ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) e atual pré-candidato ao governo do estado. Foto: Amira Hissa (PBH)

Impasse para palanque 

A liderança no primeiro turno muda quando se colocam os presidenciáveis como cabos eleitorais. Com o apoio de Lula (PT), Alexandre Kalil salta de 30% para 43% nas intenções de voto. No caso de Romeu Zema, há a perda de eleitores diante do apoio de Felipe d’Avila, pré-candidato à presidência pelo Novo. O percentual do atual governador cai de 41% para 22%.

Já Carlos Viana sobe com o apoio expresso do presidente Jair Bolsonaro (PL), seu correligionário: salta de 9% para 16% nas intenções de voto. 

Lula tenta convencer o PSD a declarar apoio à sua candidatura ainda no primeiro turno. O presidente do partido, Gilberto Kassab, já declarou que pode apoiar Lula no segundo turno das eleições, mas não no primeiro. Em Minas Gerais, outro fator contribui para uma indefinição sobre a aliança: a falta de acordo sobre qual partido deve ter um nome próprio para concorrer ao Senado. Por enquanto, Kalil se abstém de qualquer movimentação.

Ele chegou a negar o convite para participar do ato do PT em Belo Horizonte que aconteceu na segunda-feira (9), na passagem de Lula por Minas Gerais. O ex-prefeito recusou comparecer por ser um evento partidário. 

Nas redes sociais, Kalil ironizou o suposto bolo que teria dado no ex-presidente. “Aqui em Minas Gerais ninguém dá bolo em amigo. Normalmente, é café quente e pão de queijo”, afirmou o pré-candidato. 

Ao mesmo tempo, Lula aproveita uma tendência identificada entre os eleitores de Zema: a de votar no petista para presidente. Mas, para o cientista político e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Lucas Pereira Rezende, não declarar o apoio a Kalil é um erro estratégico. 

De acordo com o especialista, o PSD representa uma centro-direita democrática aberta ao diálogo e seus eleitores podem votar no petista. “Isso [a aliança] vai garantir um palco a ambos, com a possibilidade de grande votos para ambos”, declarou o professor.  

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre 7 e 10 de maio, e por isso não inclui o novo pré-candidato ao governo mineiro, o ex-deputado federal Marcus Pestana, do PSDB. sua candidatura foi oficializada no dia 10, após os tucanos mineiros romperem com Zema.

O levantamento da Quaest realizou 1.480 entrevistas presenciais. A margem de erro é 2.5 pontos percentuais e a confiança é de 95%.

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