Desde o início dos trabalhos, Casa Civil tem respondido de forma incompleta informações solicitadas pela CPI, que vê postura como infantil
por Juliana Braga em 22/06/21 11:50
O Palácio do Planalto tem se furtado a enviar as informações solicitadas pela CPI da Pandemia. Somente na segunda-feira (21), foram três ofícios encaminhados afirmando não dispor dos dados, não ter como checá-los e, até mesmo, que o canal utilizado estava equivocado.
Um exemplo é a resposta ao pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para ter acesso a todos os relatórios de inteligência feitos sobre a covid-19 e também a estudos sobre cenários futuros. Em ofício, Gabinete de Segurança Institucional (GSI) afirma que não pode repassar os dados porque informações de inteligência só podem ser fornecidas ao Legislativo se solicitadas pela Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência.
Em outro documento, a Casa Civil informa não ter encontrado registros de uma reunião entre representantes da própria Casa Civil e da indústria farmacêutica.
A Casa Civil, responsável por responder os pedidos, reclamou dos prazos. Também por meio de ofício, afirmou que só neste momento está com cinco requerimentos, fora o do GSI, e todos com cinco dias úteis para resposta. Eles pedem prazo de pelo menos 10 dias, como foi dado a outros entes públicos.
Não é a primeira vez que o Planalto dificulta o acesso à informação. Em maio, o gabinete pessoal de Bolsonaro se recusou a dizer quais tinham sido as agendas externas do presidente no entorno de Brasília, em um requerimento feito pelo senador Eduardo Girão. Ficou por isso mesmo.
Os senadores veem o movimento do Planalto como infantil. As informações solicitadas são importantes, mas periféricas perto de todo o material já coletado pela CPI.
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