Política

CPI da Pandemia

“Poderiam ter mandado mensagem para o meu WhatsApp”, diz Franco sobre vacinas do Butantan

Ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco afirma que não houve interrupção na negociação por compra da CoronaVac

por Thales Schmidt em 09/06/21 12:24

O coronel e ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco afirmou nesta quarta-feira (9) que não houve interrupção na negociação para a compra de imunizantes do Instituto Butantan. Franco afirmou que o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, pode ter tido uma “percepção” diferente por ter afirmado na mesma CPI da Pandemia que as negociações foram interrompidas após ordem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Não recebi ordem para interromper [as negociações com o Butantan]”, disse Franco. Em seguida, o ex-secretário Executivo afirmou que tinha contato com Covas. “Em caso de alguma dificuldade de comunicação, eles poderiam ter mandado mensagem para o meu WhatsApp.”

Em sua participação na CPI da Pandemia, Covas acusou o Governo Federal de não fornecer recursos para testes clínicos da CoronaVac e disse que as negociações pararam em 20 de outubro de 2020. No dia 21 de outubro, Bolsonaro afirmou que havia mandado “cancelar” um protocolo com o Butantan.

Franco, todavia, alega que as negociações nunca foram interrompidas e não recebeu nenhuma ordem nesse sentido.

“Não entendi como ordem uma ordem ao Ministério, eu prossegui as negociações e reafirmo, que eu me lembre, eu não consultei o ministro sobre esse aspecto e não tornei sem efeito a carta de intenções de aquisição das doses do Butantan”, disse o coronel.

Sobre a afirmação do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fabio Wajngarten de que haveria ocorrido uma “incompetência” do Ministério da Saúde para a compra de vacinas da Pfizer, Franco alegou que pode ter sido uma “percepção” de Wajngarten.

“Deve ter sido a percepção dele [Wajngarten], mas não foi o que aconteceu, também o presidente da Pfizer, o senhor Carlos Murillo, que esteve aqui, tinha meu telefone e poderia ter se comunicado caso houvesse algum gap nas negociações com a Pfizer”, diz o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde.

Após deixar o Ministério da Saúde, Franco assumiu cargo como assessor especial da Casa Civil.

O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Antônio Elcio Franco Filho.Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.
O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Antônio Elcio Franco. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.

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