Jornalismo Independente
RACHADINHA
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta segunda-feira (5) para arquivar investigações contra a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O pedido de investigação foi feito em 2020 pelo advogado Ricardo Schmidt para apurar o depósito de cheques feitos pelo motorista Fabrício Queiroz e sua mulher, Márcia. Até o momento, cinco ministros votaram acompanhando o relator, Marco Aurélio, pelo arquivamento.
O procurador-Geral da República, Augusto Aras, havia argumentado que as movimentações financeiras do Queiroz já haviam sido investigadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que não comunicou indícios de crime nem do presidente Jair Bolsonaro, nem da sua mulher. Com isso, Marco Aurélio havia determinado a rejeição da apuração.
O advogado, no entanto, recorreu, e o caso está sendo analisado pelos demais ministros pelo plenário virtual, modalidade de votação eletrônica na qual não há sessão presencial. A data limite para a votação é 2 de agosto. Até o momento já se manifestaram acompanhando o relator os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Nunes Marques, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.
A queixa-crime baseou-se em informações coletadas no processo da rachadinha, no Rio de Janeiro, que investiga o desvio de salário de servidores do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Os registros financeiros de Fabrício Queiroz mostra o depósito de R$ 72 mil em cheques na conta de Michelle entre 2011 e 2018. Também aparecem R$ 17 mil de repasses da mulher dele, Márcia, em 2011.
