No total, 44 países já começaram as campanhas para imunizar a população. Brasil continua sem previsão para aplicar as doses
por Hermínio Bernardo em 28/12/20 19:52
A União Europeia começou neste domingo (27) a vacinar a população contra a Covid-19. As doses foram desenvolvidas por Pfizer e BioNTech. A primeira fase da campanha tem como objetivo imunizar profissionais de saúde e idosos que moram em asilos.
O bloco europeu é formado por 27 países que somam 450 milhões de habitantes. A União Europeia tem acordo com diferentes laboratórios e adquiriu 2 bilhões de doses. Para 2021, a meta é vacinar todos os adultos.
Com isso, subiu para 44 o número de países que já iniciaram a vacinação. Cinco vacinas já estão sendo aplicadas: Pfizer/BioNTech, Moderna, Sputnik V, Sinovac e Sinopharm.
O primeiro país foi o Reino Unido no dia 8 de dezembro. Uma semana depois, as doses começaram a ser aplicadas nos Estados Unidos e no Canadá. A vacinação ainda não começou em nenhuma nação da Oceania e da África.
Além dos 27 países da União Europeia e do Reino Unido, a vacinação já está em andamento na Suíça e na Sérvia, que também utilizam as doses de Pfizer/BioNTech.
O governo da Rússia está aplicando a Sputnik V. Esta vacina ainda está na última fase de testes, mas foi registrada no país em agosto e mais de 200 mil pessoas já foram imunizadas.
As doses de Pfizer/BioNTech começaram a ser aplicadas no dia 14 de dezembro no Canadá e nos Estados Unidos. O governo americano também liberou a vacina da farmacêutica Moderna.
Entre os países latinos, a imunização já começou em México, Chile e Costa Rica, que também utilizam a vacina de Pfizer/BioNTech.
O governo da China declarou que mais de 1 milhão de pessoas já foram vacinadas. O país utiliza as doses da Sinovac e da Sinopharm. O país planeja vacinar até 50 milhões de pessoas até fevereiro. Israel, Arábia Saudita, Omã, Kuwait e Catar usam o imunizante de Pfizer/BioNTech. Já Bahrein e Emirados Árabes Unidos estão vacinando com as doses da Sinopharm.
O presidente Jair Bolsonaro minimizou o fato de outros países já terem começado a vacinação enquanto o Brasil ainda não tem uma previsão para o início da campanha.
Questionado se isso poderia pressionar o governo, Bolsonaro afirmou: “Ninguém me pressiona para nada, eu não dou bola para isso”. O presidente voltou a insistir em um termo de responsabilidade sobre eventuais efeitos colaterais das vacinas. O presidente fez um passeio por Brasília neste sábado (26). Ele interagiu com apoiadores e não usou máscara em nenhum momento.
Em entrevista ao ‘Almoço do MyNews’, o imunologista Gustavo Cabral, pesquisador da Fapesp e da USP, afirmou que a postura de Bolsonaro diante da pandemia e das ações de combate à covid-19 é alvo de críticas dentro e fora do Brasil.
Cabral vê um grande desserviço na fala do presidente. “Vir a público um presidente falar que não tem responsabilidade, isso realmente assusta, como cidadão e como pesquisador”.
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