Economia

Ciência

Recursos para pesquisas caem na média mais de 23% desde 2018.

Ciência perde recurso e compromete pesquisa. A maior queda registrada no período 2018-2021 foi no INEP (51,81%), seguida pela AEB (50,01%) e pelo MCTI (42,19%) Na comparação 2018/2022, 19 dos 22 órgãos apresentaram queda.

por da Redação em 19/07/22 23:20

A situação de penúria que vive os institutos de pesquisa no Brasil comprometerá o desenvolvimento do país nos próximos anos. A ciência perde recursos para pesquisa em seus orçamentos. A queda média é de 23% (veja tabela) no orçamento. Os dados constam no pesquisa da cientista Mariana Moura, coordenadora do projeto Cientistas Engajados.

“Analisei as unidades orçamentárias típicas de Ciência e Tecnologia”, diz Mariana.

A maior queda registrada no período 2018-2021 foi no INEP (51,81%), seguida pela AEB (50,01%) e pelo MCTI (42,19%). As maiores quedas registradas no período 2013-2021 foram no FNDCT Não Reembolsável (73,18%), seguida pela AEB (70,72%), CNPq (64,92%) e CEITEC (60,05%). A ciência perde recursos e compromete o futuro.

“É difícil medir o impacto nas pesquisas”, diz Mariana. “Mas os resultados da redução do repasse para as unidades de C&T é visível”, acrescenta. Segundo ela, há redução do número de publicações, fuga de cérebros, instituições de pesquisa sem condições de pagar contas, pesquisador tirando dinheiro do bolso para realizar o trabalho, projetos de pesquisa suspensos, são alguns dos exemplos que ela cita.

Esses são os dados do orçamento. Mas, o mais gritante é o saque dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT)

Este é um fundo com recursos exclusivos para ciência e tecnologia. “Ocorre que e esse dinheiro todos os anos é bloqueado, deixa de ser gasto em ciência e tecnologia, mais da metade não é gasto”, diz Mariana.

Por que? Já foi contingenciamento, depois virou reserva de contingência e este ano chama-se bloqueio. “Tudo a mesma coisa, simplesmente não usa o dinheiro para o qual foi arrecadado”.reclama a cientista. Para se ter uma ideia da importância desses recursos, foi o FNDCT que financiou o acelerador de partículas Sirius que fica em Campinas.

“No ano passado a gente conseguiu aprovar uma lei que proíbe a reserva de contingência com recursos do FNDCT”, conta Mariana.  Ocorre que este ano o Ministério da Economia chamou de bloqueio.  “Então na prática mais de 50% do fundo não está sendo utilizado”, diz.  A previsão de arrecadação deste fundo este ano é de 10 bilhões de reais.

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