Escalada de violência na campanha eleitoral pode levar a um golpismo armado se as instituições não frearem a sanha bolsonarista contra o Estado democrático de direito, diz o ex-governador Flávio Dino
por da Redação em 18/07/22 00:27
A escalada de violência na campanha eleitoral vem preocupando políticos em todo o país. Ontem, o pré-candidato Marcelo Freixo, por exemplo, foi confrontado por bolsonaristas num caminhada da sua pré-campanha. O temor é que a temperatura, o ódio e as agressões aumentem.
Numa entrevista recente ao MyNews, o ex-deputado Maurício Rands mostrou-se pessimista com a evolução do cenário. “Estamos vivendo um momento que não era da tradição recente da política brasileira”, disse ele. “As campanhas terem violência de morte como estão tendo agora”.
SUPREMO TRIBUNAL ELEITORAL
Para Rands, é necessário que órgãos como Supremo Tribunal Federal e Ministério Público Federal, que têm sido muito inerte, se pronunciem. “Eles precisam agir já para que esse freio e contrapeso seja exercido no início desta campanha”. Rands acrescenta: “É hora de uma ampla unidade institucional para que se coiba agora para que não haja escalada de violência nesta campanha”.
BOLSONARO NÃO QUER ELEIÇÕES
O ex- governador do Maranhão, Flávio Dino, atual pré -candidato ao Senado, diz que temos que partir de uma premissa, que é difícil de ser admitida, mas é a correta: “O Bolsonaro não quer eleições normais”, diz. ” Ele quer sabotar o processo democrático no Brasil”. A escalada de violência, em sua opinião, tem o objetivo de impedir as eleições. “Diante de uma triste constatação não podemos esperar ou aguardar que o Bolsonaro vai se regenerar. Não vai”. A questão é: o que fazer?
Dino defende o deferimento de uma medida cautelar por parte do Tribunal Superior Eeleitoral (TSE) em que ele vede certas condutas. Por exemplo, pré-candidatos e candidatos com discursos de violência, ódio, dizendo que não vai ter eleições. “Isso tem que ser proibido, sob pena de impedimento do registro”, diz Dino. Ele não tem dúvidas de que estamos num intinerário criminoso contra a democracia .
“Não imagino que somente as instituições vão conter o golpismo”, diz ele. “Mas, as instituições têm um dever e para isso detém em suas mãos um plexo de poderes que nenhum cidadão tem”, acrescenta. Ele insiste que essa é uma medida necessária, urgente: que vários partidos se dirijam ao árbitro das eleições, o TSE, para que haja formalmente a responsabilização dos canditados.
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