Arquivos empreendedorismo - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/empreendedorismo/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Mon, 08 May 2023 15:00:08 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Comissão aprova projeto que incentiva participação feminina em ciência e tecnologia https://canalmynews.com.br/tecnologia/comissao-aprova-projeto-que-incentiva-participacao-feminina-em-ciencia-e-tecnologia/ Mon, 08 May 2023 15:00:08 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37504 Texto também prevê estímulo ao empreendedorismo feminino por meio do acesso a linhas de crédito

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A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou projeto segundo o qual o Poder Executivo Federal deverá criar regras que proporcionem o estímulo à participação da mulher nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia, química, física e tecnologia da informação.

O texto também inclui, entre os princípios da Lei de Inovação Tecnológica, o estímulo ao empreendedorismo feminino, por meio do acesso a linhas de crédito, do fomento à educação financeira e do incentivo à assistência técnica.

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Quem são as pessoas que fazem parte da classe C?

O texto aprovado é o substitutivo, com complementação de voto, da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) ao Projeto de Lei 840/21, da ex-senadora Maria do Carmo Alves (SE).

Incentivo na escola

A relatora incluiu, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), previsão de que o ensino do mundo físico e natural estimule as práticas educativas voltadas para a ampliação dos interesses e preferências das mulheres.

Ainda conforme a proposta aprovada, as escolas públicas e privadas deverão estabelecer espaços para os grupos de pesquisa das alunas, assim como para a resolução de exercícios e bibliotecas adaptadas ao estímulo do estudo e conhecimento das diversas disciplinas vinculadas à ciência e tecnologia.

“A presença das mulheres nas áreas científicas e tecnológicas precisa ser estimulada por meio de programas educacionais voltados para mitigar preconceitos e barreiras culturais”, afirmou Laura Carneiro.

Maternidade

A relatora também acrescentou no texto, por sugestão da deputada Delegada Katarina (PSD-SE), dispositivo assegurando, em todos os níveis de educação, afastamento de até 180 dias, sem prejuízo do emprego ou salário, em razão de maternidade, adoção ou no caso de doenças incapacitantes dos filhos dos educadores. Laura Carneiro concordou que a medida valoriza as profissionais da educação nacional.

A proposta também concede licença-maternidade de 180 dias para estudantes do nível superior. O texto assegura o direito à prorrogação do prazo para conclusão de curso nos casos de maternidade e de adoção. Atualmente, já existe o direito de afastamento do curso (previsto na Lei 6.202/75) e também a possibilidade de prorrogação de bolsas de estudo (Lei 13.536/17).

O substitutivo determina também que a prorrogação de prazos para conclusão de cursos e programas por conta de maternidade ou adoção não impactará negativamente a avaliação das instituições de ensino superior.

Tramitação

A matéria será analisada ainda pelas comissões de Ciência, Tecnologia e Inovação; de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário da Câmara.

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Quem são as pessoas que fazem parte da classe C? https://canalmynews.com.br/brasil/quem-sao-as-pessoas-que-fazem-parte-da-classe-c/ Wed, 26 Apr 2023 19:40:21 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37307 Pesquisa revela o perfil de pessoas com renda familiar até R$ 4,5 mil e como elas lidam com a alimentação

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Na última terça-feira (25), um evento da VR Benefícios apresentou uma pesquisa do Instituto Locomotiva que revela o panorama do trabalhador brasileiro da Classe C. No levantamento, estão informações sobre esse grupo de pessoas que fazem girar uma economia local nas periferias do país, com dados que mostram como é o dia a dia dessa população e de que forma ela concilia as responsabilidades em casa e no trabalho com uma boa alimentação.

Um ponto importante  é que cerca de 110,3 milhões de brasileiros fazem parte da chamada classe C e quase a metade desses lares são chefiados por mulheres. Isso reflete na estrutura social como um todo, já que essa minoria ainda enfrenta dificuldades, em especial no mercado de trabalho. Por isso, o projeto social Mãos de Maria, que também esteve presente no evento, faz um trabalho de capacitação para mulheres em favelas do Brasil.

Com foco em instruir mulheres para que elas aprendam a cozinhar e possam criar seus próprios negócios para ter uma independência financeira, o projeto foi idealizado por Elizandra Cerqueira e Juliana Gomes. Elas planejaram a estrutura ainda na escola, enquanto faziam parte do grêmio estudantil. Esse é um dos projetos que faz parte do debate sobre independência financeira e colabora com a boa alimentação nas comunidades, em especial na região de Paraisópolis.

A dificuldade de conseguir bons empregos e a vontade de ter o próprio negócio são pontos que tornaram o empreendedorismo muito forte na periferia. E essa é uma realidade muito clara para quem vive lá. São dos pequenos mercados, lojas e comércios das comunidades que surgem novos empregos e a economia não precisa passar apenas pelos centros das cidades.

Resultado da falta de estrutura financeira

A pesquisa da Locomotiva ainda revelou que 8 em cada 10 brasileiros da classe C têm dívidas em aberto. E esse é um problema que afeta toda a estrutura das famílias, que precisam adequar o consumo de acordo com a renda que têm. Ainda no levantamento, foi apurado que 58% das pessoas dessa classe sofrem com algum tipo de insegurança alimentar, que é quando o indivíduo não se alimenta da forma adequada para a saúde do corpo, e isso acontece principalmente pela falta de renda.

Dando visibilidade para essa classe muitas vezes esquecida das estatísticas, junto com a Geovana Borges, Diretora Executiva da Central Única das Favelas (CUFA), foram discutidas formas de dar luz aos problemas alimentares que ainda afetam as populações menos favorecidas, sem focar apenas na questão do assistencialismo, e sim na geração de empregos para que eles consigam manter os gastos básicos e melhorar a qualidade de vida.

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Veja os quatro passos para retomar as vendas de sua empresa https://canalmynews.com.br/economia/veja-os-quatro-passos-para-retomar-as-vendas-de-sua-empresa/ Tue, 27 Sep 2022 18:13:18 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33950 Ver as vendas da sua marca caindo dá um desespero, não dá? Ainda mais para quem começou um negócio do zero e investiu tudo o que tinha e o que não tinha.

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Quando você começa uma marca pequena dentro de casa e tem uma boa rede de contatos (amigos, parentes, conhecidos, etc.), as vendas no começo são muito boas desde que o que você vende satisfaça as pessoas.

Depois de um tempo, sua marca não é mais novidade e é aí que as vendas começam a cair. E o desespero começa a bater.

Então, o que fazer?

É natural um pico de vendas na inauguração de qualquer negócio e, passada a novidade, as vendas se estabilizam e você fica com a sensação de que elas caíram. Foi isso que aconteceu?

Se não foi e as vendas estão realmente caindo, você precisa entender o motivo disso. Para entender faça o seguinte:

  1. Converse com seus clientes;
  2. Estude o que o mercado está fazendo;
  3. Analise o seu portfólio de produtos ou serviços;
  4. Revise a comunicação da sua marca.

Simples, né? Mas se você não tem conhecimento técnico de Marketing e Branding, fazer estas coisas pode ser ainda mais prejudicial para a sua marca. Então, veja algumas orientações importantes.

  1. Os clientes sabem de muita coisa (quase tudo)

Quanto mais a sua marca se comunicar com o cliente, mais acesso às necessidades dele você vai ter. E não se preocupe pensando que isso é, obrigatoriamente, caro de se fazer.

Para negócios pequenos – principalmente os MEI – , esta conversa é bem simples e direta entre dono de negócio e cliente.

Mas atenção! Não é porque um cliente seu falou alguma coisa que você vai mudar imediatamente seus produtos ou serviços!

Você precisa ouvir os clientes, organizar as opiniões e ver quais foram as sugestões e elogios que mais se repetiram e analisar com calma.

Este relacionamento com o cliente não precisa acontecer somente quando suas vendas caírem. Recomendo fortemente que você faça isso desde o começo, logo na primeira venda.

Começando cedo o relacionamento da sua marca com o cliente, conforme sua marca for crescendo, maiores e melhores serão os insights que você conseguirá deles e você terá clientes mais engajados e conectados à sua marca.

  1. Saiba como o mundo funciona

Pode ser que sua marca seja disruptiva e não queira fazer nada clichê como o mercado faz. É um posicionamento válido. Mas até para ser disruptivo, você precisa saber o que está sendo feito no mercado.

Concorrentes não são inimigos. Você precisa entender o que eles fazem, como fazem, porque fazem e para quem fazem. E muito cuidado para não copiar que isso pode gerar processos (ou dores de cabeça).

Outro ponto para você avaliar é como está o seu preço em relação à concorrência. Dependendo do seu mercado e produto ou serviço, o preço é um forte fator decisivo de compra.

Deixe sua mente aberta, não ache que as soluções serão sempre caras, tecnológicas ou inalcançáveis. De repente, trocar a posição dos produtos na prateleira da sua loja já vai te ajudar.

  1. Quanto mais opção melhor?

Uma das primeiras coisas que passa pela cabeça de donos de pequenos negócios quando as vendas caem é: preciso criar mais sabores, tamanhos, cores, etc. Não faça isso, é bem provável que você vai piorar ainda mais a situação financeira da sua marca.

Analise tudo o que você tem de produto ou serviço. Se você ainda não tem isso listado, liste e analise o que é mais vendido.

Veja se existem opções muito parecidas, por exemplo: cobertura de doce de leite, cobertura de doce de leite com amendoim, cobertura de doce de leite com castanhas, cobertura de doce de leite com chocolate… além de complicar o seu controle de estoque e, por consequência, seu capital de giro, você confunde seus clientes.

Encontre quais são os produtos mais vendidos e enxugue seu portfólio, com isso você vai abrir espaço para novidades e vai se especializar. É muito melhor você ser a confeiteira que faz o melhor bolo de churros do bairro, vende com constância e tem clientes satisfeitos do que ser a confeiteira que faz de tudo mas não consegue vender nada.

Simplifique a vida do seu cliente. Este é o maior segredo para suas vendas crescerem. Todo mundo quer uma vida mais simples.

  1. Comunique-se de forma clara e simples

Acabei de escrever sobre simplificar a vida do cliente. É isso que você vai fazer na comunicação da sua marca também.

Simplificar não é escrever errado, não é fazer de qualquer jeito: simplificar é colocar na voz e no tom certo para que o seu cliente não precise se esforçar para entender.

Quando o cliente entende sua comunicação e tem uma comunicação aberta com você, ele se encanta e vira fã.

A comunicação que você vai adotar para a sua marca precisa estar alinhada com o seu público, com o que ele deseja e com o que você planeja para sua marca.

Quer saber como ter um negócio cada vez melhor?

Além de cuidar do branding e do marketing da sua marca, você precisa acompanhar sempre as finanças do seu negócio para tudo caminhar alinhado.

Comenta qual sua maior dúvida para fazer seu negócio melhorar que voltamos com novos artigos aqui para te ajudar.

*Sócia-fundadora da Simbios Negócios

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Você consegue ler os relatórios financeiros da sua empresa? https://canalmynews.com.br/voce-colunista/voce-consegue-ler-os-relatorios-financeiros-da-sua-empresa/ Sun, 11 Sep 2022 14:46:32 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33622 O contador te manda os relatórios e você só confere o faturamento? Se você não souber como ler os relatórios financeiros, os erros vão passar debaixo do seu nariz e você só vai perceber quando for tarde

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Veja a cena: fecha o mês, o contador te manda os relatórios, você confere o faturamento, no máximo, confere como está o caixa e pronto. Se estiver tudo bem, tudo no azul, você nem vai se preocupar com nada. Mas e se não estiver tudo bem, você vai saber identificar que não está tudo bem?

A grande maioria dos donos de negócios não sabe ler os tão famosos relatórios financeiros: o Balanço Patrimonial, o Fluxo de Caixa e a DRE (Demonstração de Resultados do Exercício).

Em geral, os donos de negócios deixam as Finanças para os contadores. Acontece que os contadores não são responsáveis pelas finanças da sua empresa. Contador é responsável por manter os livros contábeis e fiscais em dia, Finanças é outra coisa.

 

Então, quem deve cuidar das Finanças do seu negócio?

Se você não tem experiência com Finanças, você não precisa se preocupar em virar um expert do dia para a noite. Mas você precisa saber o mínimo para entender como está a saúde financeira da sua empresa.

Em geral, as empresas que nascem de empreendedores como nós, que começamos do absoluto zero, sem herança nem nada, crescem de forma desordenada.

Chegou mais cliente, vamos aumentar o estoque e contratar mais funcionários. Tem uma nova oportunidade de mercado, vamos investir em equipamento e treinamento. E a empresa vai expandindo assim, aos poucos e do jeito que dá. Se sua empresa cresceu assim, bem vindo ao clube.

O que não pode é a estrutura financeira da empresa ficar sem controle. E quem melhor do que o dono para controlar as Finanças? Então, você precisa saber ler os relatórios financeiros que o contador te manda para saber o que pode ser melhorado na sua empresa.

Os relatórios te contam sobre faturamento mas também te contam sobre produtos que estão rendendo pouco, produtos que estão rendendo muito, quanto seus funcionários estão trazendo de faturamento para a empresa, quais parcerias estão sendo positivas e quais estão sendo negativas, qual o nível de retorno dos seus investimentos, etc…

 

Afinal, o que é preciso saber ler nos relatórios financeiros?

Não caberia aqui tudo o que você pode ler em um relatório financeiro. Mas as informações essenciais para um bom funcionamento do seu negócio, vamos deixar abaixo.

Vamos começar pelo Fluxo de Caixa que o contador pode te enviar. O Fluxo de Caixa serve para você saber como sua empresa consome dinheiro.

O que isso significa? No Fluxo de Caixa você entende:

  • quanto dinheiro sua empresa gera na operação;
  • quanto desse dinheiro gerado na operação sua empresa utiliza para reinvestimentos no próprio negócio e;
  • do dinheiro que sobra, como sua empresa utiliza para pagar os sócios e os bancos.

Agora, na DRE (Demonstração de Resultado do Exercício), você consegue identificar se sua empresa está dando lucro ou prejuízo. Simples e objetivo.

E no BP (Balanço Patrimonial), você enxerga como sua empresa financia o negócio. Ou seja, como ela levanta os recursos para financiar a operação: se é recurso próprio ou de banco.

Portanto, não adianta querer saber se sua empresa tem lucro ou prejuízo olhando o Fluxo de Caixa porque esta informação não está lá. Procurar saber se a precificação está certa no BP também não vai ser possível, porque esta informação está na DRE.

 

Saber para idenficar problemas

Quando digo que ter conhecimento técnico em Finanças Corporativas não é questão de ser sofisticado, é por isso.

É importante ter uma boa base técnica para saber identificar os problemas que podem estar acontecendo debaixo do seu nariz e, por não saber ler os relatórios financeiros, você deixa passar.

Não é preciso saber para montar planilhas complexas e gráficos extasiantes, mas Finanças Corporativas tem uma base técnica que vai te auxiliar por toda a sua vida como dono de uma empresa.

O conhecimento em Finanças Corporativas te ajuda a identificar, analisar e resolver problemas de forma eficiente. Contabilidade e Finanças Corporativas são conhecimentos diferentes que servem para suprir necessidades diferentes do seu negócio.

 

Quer saber como ter um negócio cada vez melhor?

Além de acompanhar sempre as finanças do seu negócio, você também precisa cuidar do branding para tudo caminhar alinhado.

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Separar pessoa física de pessoa jurídica é possível? https://canalmynews.com.br/economia/separar-pessoa-fisica-de-juridica/ Sat, 10 Sep 2022 23:16:27 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33615 No país que é o 7º do mundo em empreendedorismo e 49,6% empreende por necessidade (pesquisa GEM), como não misturar o dinheiro da empresa com o dinheiro da família?

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A Pesquisa GEM de 2022 realizada pelo SEBRAE, mostrou que no ano passado (2021), 14 milhões de adultos no Brasil estão empreendendo. Se você já esteve na cidade de São Paulo, imagine que a cidade toda é composta por adultos e todos são empreendedores. Era mais ou menos este o número de empreendedores no Brasil em 2021.

Mas será que todos estes empreendedores faturam milhões e estão vivendo bem? Ou será que eles passam por dificuldades que são tão comuns que ninguém nem comenta?

Grande parte dos empreendedores começa um negócio por necessidade: 48,9% começam um negócio porque não encontrou mais emprego CLT, porque precisa complementar a renda da família ou algo assim.

 

Por que é tão difícil separar o dinheiro da empresa?

Quando se começa um negócio porque é a única forma de ganhar dinheiro para sobreviver, na maioria das vezes, a pessoa não tem experiência com gestão, finanças ou contabilidade.

A pessoa abre um MEI (micro empreendedor individual) e começa a vender algum produto ou prestar algum serviço. Precifica na média da concorrência e vai colocando o pouco dinheiro que tem para manter o negócio funcionando. O dinheiro que entra das vendas vai para sustentar a família, a casa e repor o estoque ou pagar as contas da empresa.

Esta é a realidade de grande parte dos empreendedores: 57% ganha até três salários mínimos. Apesar de parecer ser um salário maior do que boa parte da população recebe, o dinheiro vai para a manutenção da casa e da família.

É aí que as contas começam a se embolar: o que entra na empresa deveria ficar na empresa para operacionalizar ou reinvestir e o salário deveria ser planejado e certo todo mês.

Na realidade, o que acontece é que o dinheiro entra e já sai para pagar alguma conta da casa, fazer alguma compra e a empresa fica sem nada, apesar de ter recebido.

 

E dá para resolver isso?

Sim, dá para resolver isso. Mas vai levar um tempo.

É normal você abrir uma empresa por necessidade, o dinheiro começa a entrar e você vai fazer o quê? Vai resolver suas necessidades. Vai pagar o que está atrasado, vai comprar o que precisa pra sua família. Isso é normal.

Agora, o mais importante é você saber que você precisa controlar as finanças do seu negócio. Mesmo que seja pequeno, assim que você pagar suas contas, separe e planeje o desenvolvimento do seu negócio.

A primeira conta que você vai fazer é: quanto dinheiro minha empresa precisa para continuar funcionando? Some tudo: aluguel, água, luz, internet, matéria-prima, funcionário, embalagem (ou uniforme), impostos, seu pró-labore (salário), some tudinho. Este número é a sua despesa operacional. Ou seja, é isso que sua empresa precisa para funcionar todo mês.

Você já sabe que precisa chegar pelo menos nesse número que você calculou. Chegando acima desse número você tem lucro.

O lucro pode ficar todo na empresa para você investir em novos materiais, novos insumos, uma localização melhor, etc… ou você pode pegar uma parte para você também (dividendos).

Sua empresa está tendo lucro?

Se você quer realmente que sua empresa dê certo, você vai precisar se dedicar a ela e estar sempre ajustando as coisas para ter resultados melhores. Depois de saber qual a despesa operacional, você vai conferir os preços todos que você pratica.

Muita empresa erra na precificação e só percebe quando olha pro caixa e vê que não tem dinheiro. Se suas vendas estão boas e os preços estão certos, o caixa tem que ter dinheiro. Se suas vendas estão boas e não tem dinheiro no caixa, tem alguma coisa errada.

Uma das coisas erradas pode ser o preço. Esquece a história de que é só multiplicar por 3 o seu custo e esse será o preço. Isso é puro chute e pode  causar muito prejuízo para você.

Analise suas despesas operacionais que já falamos lá em cima, analise sua capacidade de produção, estude a concorrência e aí você vai pensar no seu preço.

Corrigir o preço é um dos passos na construção do lucro e do crescimento da sua empresa. O que não pode faltar nunca é você ter controle das finanças. Mesmo se você ainda estiver na fase de pegar o dinheiro da empresa para pagar as contas da casa, saiba quanto está saindo da empresa e indo para as contas pessoais.

Quanto mais você souber sobre as finanças do seu negócio, mais ele vai se desenvolver. Não é fácil mas é possível. Exige dedicação e foco, mas é possível. Conte com a gente para te ajudar nessa caminhada.

Quer saber como ter um negócio cada vez melhor?

Além de acompanhar sempre as finanças do seu negócio, você também precisa cuidar do branding para tudo caminhar alinhado.

Comenta aqui embaixo qual sua maior dúvida para fazer seu negócio melhorar que voltamos com novos artigos aqui para te ajudar.

*Fundador da Simbios Negócios

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Escola de Inovadores da INOVA CPS inscreve para programa gratuito de empreendedorismo até sexta (10) https://canalmynews.com.br/mais/escola-inovadores-inova-cps-programa-gratuito-empreendedorismo/ Wed, 08 Sep 2021 22:24:06 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/escola-inovadores-inova-cps-programa-gratuito-empreendedorismo/ Programa de empreendedorismo do Centro Paula Souza tem inscrições abertas até 10 de setembro. Por causa da pandemia de Covid-19, as aulas serão online

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Criada em 2015 para fomentar o empreendedorismo através de um curso de extensão, a Escola de Inovadores do Centro Paula Souza está com inscrições abertas até o próximo dia 10 de setembro (sexta-feira) para pessoas que desejem se tornar empreendedoras. O curso é focado na criação e desenvolvimento de empresas ou startups com foco em inovação.

O público-alvo são alunos e ex-alunos de cursos técnicos e tecnológicos do Centro Paula Souza, ou de instituições de ensino público ou privado de nível médio, médio-técnico ou superior, ou empreendedores do Estado de São Paulo.

Em decorrências das restrições sanitárias impostas para conter a propagação do novo coronavírus, desde 2020 a Escola de Inovadores adotou o ambiente digital para a realização da capacitação. Os conteúdos e as atividades foram adaptados para o ambiente virtual.

Empreendedorismo
Escola de Inovação da INOVA CPS está com inscrições abertas para pessoas que desejem investir no próprio negócio/Imagem: Pixabay

O que é o Centro Paula Souza e como se inscrever no curso de empreendedorismo?

O Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza é uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, que administra as 220 Escolas Técnicas e as 66 Faculdades de Tecnologia do Estado.

Para iniciar o processo de inscrição na Escola de Inovadores, é preciso selecionar uma unidade de Escola ou Faculdade do Centro Paula Souza próxima da sua cidade ou região.

Confira o calendário de inscrição e seleção dos projetos e acesse o edital de seleção:

  • 16/08 a 10/09 – Inscrições
  • 13/09 a 14/09 – Seleção dos Projetos
  • 15/09 – Divulgação dos Selecionados
  • 16/09 a 24/09 – Início das Atividades.

Mais informações: inovadores@cps.sp.gov.br / inova@cps.sp.gov.br


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Porto Digital: bit, beat e outras vibrações por trás de um ecossistema de inovação https://canalmynews.com.br/francisco-saboya/porto-digital-bit-beat-vibracoes-ecossistema-inovacao/ Wed, 08 Sep 2021 18:18:35 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/porto-digital-bit-beat-vibracoes-ecossistema-inovacao/ Fundado há 21 anos, o Porto Digital se transformou num ecossistema de inovação robusto no Nordeste brasileiro, que atualmente fatura 2,5 bilhões por ano

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A formação de um ambiente de inovação pode ser contada de diferentes maneiras. Idealizadores, construtores, sustentadores, empreendedores, cada um tem a sua própria leitura sobre como, desafiando o improvável e revirando o impossível, um punhado de gente botou de pé um ecossistema robusto de inovação, suportado por tecnologias digitais e muita criatividade. Estamos falando do Porto Digital, parque tecnológico do Recife fundado em 2000 e que hoje abriga cerca de 350 empresas, mais de 11 mil trabalhadores do conhecimento e fatura R$ 2,5 bilhões.

Porto Digital - um ambiente de inovação no Recife
Porto Digital transformou-se num ecossistema de inovação na capital pernambucana/Imagem: Pixabay

É preciso recuar no tempo para ir ao rizoma desse movimento. Aliás, desses movimentos. O Recife vivia a sua pior fase na virada dos anos 80-90, dentro de um país que descia ribanceira abaixo nos tresloucados anos Collor. A secularmente próspera capital pernambucana desandava e o estado perdia posição relativa na economia nordestina. Mas os fundamentos estavam lá, intactos e desafiados. Falamos aqui de conhecimento, tecnologia, criatividade: os ingredientes da nova economia. Havia uma vibração diferente em alguns segmentos da academia, especialmente o Centro de Informática da UFPE, e do mundo das artes, com destaque para o cinema, as artes plásticas e a música.

Era o tempo da globalização, das mudanças políticas de orientação liberal e da revolução tecnológica que se (re)inaugurava com a internet. Seja lá o que isso significasse para os protagonistas naquele momento (clareza a gente só tem depois), a ideia era abrir janelas para o mundo que se redesenhava nesse redemoinho e criar novas alternativas para economias periféricas como o Recife. Do outro lado do mundo, na Austrália, começavam a ser usinadas novas leituras acadêmicas para explorar as possibilidades conceituais e práticas da economia criativa – aquela encruzilhada entre ciência, tecnologia, artes e negócios, no contexto da nova sociedade hiperconectada em que o lado não prático das coisas, a dimensão simbólica escondida por trás dos objetos, a subjetividade da forma (estética) e a criação original em escala passavam a ter valor de mercado e significado econômico.

Do lado de cá, numa sincronicidade quase premonitória, eram criados dois movimentos paralelos: o Movimento Mangue e o Delta do Capibaribe. Com o primeiro, com sua icônica imagem de uma parabólica enfiada na lama, a inquietação ganhou forma e os coletivos criativos – a brodagem, numa palavra bem nossa – produziam freneticamente filmes, experimentações visuais, músicas e festivais. Com o segundo, espécie de prolongamento natural de uma longa história de pioneirismo em tecnologia tanto na universidade como no mercado, foram multiplicados empreendimentos de base tecnológica (ainda não havia startups no repertório dos negócios inovadores).

Foi nesse caldo de cultura, sem trocadilho, que as barreiras seculares que excluíam mutuamente cientistas e artistas foram rompidas. Para o bem de todos, os universos das artes e da tecnologia se encontravam e compartilhavam a mesma mesa de bar. Se a parabólica conectava a raiz ao éter, a frase-seminal de Fred Zero Quatro – “computadores fazem arte, artistas fazem dinheiro” – conectava as artes e as tecnologias digitais ao mercado.

Um registro que não pode passar em branco: as dinâmicas eram tão entrelaçadas que quase não havia distinção, na própria imprensa inclusive, entre as palavras beat (unidade rítmica) e bit (unidade computacional). Uma das primeiras incubadoras de negócios de tecnologia de chamava BEAT – Base de Empreendimentos Avançados de Tecnologia. E o site que precariamente reverberava isso tudo, em especial a música, se chamava MANGUE BIT. Daí para a criação do CESAR, e deste para o Porto Digital, e do PD para a comunidade empreendedora Manguezal, que agrega centenas de startups, e do conjunto de tudo para fazer do Recife a maior concentração per capita de estudantes em cursos de computação e informática do país foi um pulo. Mas não foi fácil.

E não será nunca, pois a construção de ecossistemas de inovação depende, entre tantas outras coisas, dos nontradable goods – aquela porção de componentes intrínsecos a cada lugar, a fração de características peculiares do pensar e fazer de cada realidade que não se compra e nem se vende em prateleiras. Mas a experiência do Porto Digital pode ser apropriada naquilo que é comum aos ambientes que constroem futuros: capital humano como base, inovação como regra, diversidade como princípio e conexões como meio para negócios. E muito trabalho.


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Google lança programa de aceleração para empreendedoras da América Latina https://canalmynews.com.br/economia/google-lanca-programa-aceleracao-empreendedoras-america-latina/ Wed, 01 Sep 2021 19:29:50 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/google-lanca-programa-aceleracao-empreendedoras-america-latina/ O LAC Women Founders Accelerator é um programa de incentivo ao crescimento de startups das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, lideradas por mulheres da América Latina e Caribe

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O Google, em parceria com o laboratório de inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID Lab) e com o Centraal, hub de empreendedorismo mexicano, abriu inscrições para o LAC Women Founders Accelerator – programa de incentivo para empreendedoras de startups das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática – com o objetivo de promover o desenvolvimento do empreendedorismo e dos ecossistemas de inovação latino-americanos.

As inscrições podem ser realizadas até 12 de setembro de 2021, pela plataforma do WeXchange. Serão selecionadas 20 startups da América Latina para o programa – que será online.

Google e BID Lab abrem seleção para startups lideradas por mulheres
Google e BID Lab abrem seleção para startups da América Latina e Caribe lideradas por mulheres/Foto: Pixabay

Para participar, as startups precisam ter, pelo menos, uma mulher como fundadora ou em cargo de liderança, sede e operação em um país na América Latina ou Caribe, e utilizar a tecnologia como ponto de partida para o negócio. Além disso, as empresas precisam estar em estágio avançado de desenvolvimento, com produto ou serviço já disponíveis no mercado e com tração nos negócios, considerando faturamento comprovado ou rodada de investimentos realizada.

O programa virtual é composto por 10 encontros, incluindo workshops sobre tecnologia, marketing digital, liderança, cultura corporativa e captação de recursos, além de sessões de mentoria individuais com investidores e especialistas do Google, WeXchange/ BID Lab e Centraal.

A programação inclui a participação num Dia de Demonstração, durante o fórum WeXchange, entre os dias 1 e 2 de dezembro de 2021, em formato virtual, onde poderão apresentar as empresas para possíveis investidores. No Brasil, apenas 4,7% das startups foram criadas somente por mulheres e 90% foram fundadas exclusivamente por homens, segundo o Relatório Female Founders, realizado pelo Distrito em parceria com a Endeavor e B2Mamy, em 2021.

Saiba mais sobre a parceria entre Google e o BID Lab

Desde 2013, mais de 2.500 empreendedoras e 500 pessoas mentoras e investidoras internacionais participaram das atividades do WeXchange – plataforma do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que tem investido no empreendedorismo feminino na América Latina e Caribe. Já o Google, trabalhou com mais de 3 mil empreendedores da América Latina nos últimos seis anos.

* Com informações do Google


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Onde conseguir crédito para seu negócio? https://canalmynews.com.br/mynews-investe/onde-conseguir-credito-para-seu-negocio/ Thu, 05 Aug 2021 12:48:50 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/onde-conseguir-credito-para-seu-negocio/ Micro, pequenos e médios empreendedores fazem parte do grupo que mais emprega no Brasil e muitas vezes não sabem a quem recorrer quando o assunto é crédito

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As micro e pequenas empresas são fundamentais para fazer a economia girar. Atualmente, elas empregam cerca de 60% da mão de obra e muitas vezes precisam recorrer a crédito para expandir ou até mesmo para se manterem abertas. Mas na hora de contratar um empréstimo, muitos pequenos empresários não sabem para quais instituições recorrer e acabam pagando muitos juros.

O ideal, em casos como esse, é que esses pequenos e microempresários busquem apoio na agência de fomento ou banco de desenvolvimento da região onde a empresa está instalada, para assim receberem orientação de como proceder na portabilidade de crédito e sobre o crédito para empreender.

Há ainda as instituições financeiras subnacionais, que não visam lucro como os bancos, conhecem bem as necessidades desses empresários e atuam para viabilizar os projetos desse tipo de empresas, facilitando a oferta e tomada de crédito.

“A capilaridade e o alto conhecimento das realidades locais faz com que as instituições financeiras de desenvolvimento exerçam papel fundamental na concessão de crédito para as micro, pequenas e médias empresas, auxiliando os pequenos negócios nesse momento de crise”, explicou o presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Sergio Gusmão Suchodolski, em entrevista ao MyNews Investe.

Outra possibilidade para que micro e pequenas empresas consigam crédito é por meio do Pronampe, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. No ano de 2020, o programa emprestou R$ 37 bilhões.

A ABDE – que congrega o Sistema Nacional de Fomento (SNF) – tem em seu site (www.abde.org.br) uma lista de instituições de financeiras, que estão preparadas para apoiar o empreendedor brasileiro, em diferentes regiões do país.

Confira as instituições que oferecem crédito às micro e pequenas empresas:

Confira o MyNews Investe, de segunda a sexta, a partir do meio-dia, no CanalMyNews

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Reflexos da pandemia no empreendedorismo de baixo impacto https://canalmynews.com.br/francisco-saboya/reflexos-pandemia-empreendedorismo/ Wed, 21 Jul 2021 23:14:56 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/reflexos-pandemia-empreendedorismo/ Um dos reflexos da pandemia do novo coronavírus no Brasil tem se dado no empreendedorismo de baixo impacto

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Dizia um amigo que, no torniquete, os números confessam qualquer coisa. Estatísticas requerem cautela no trato. Deveriam provocar mais reflexões do que afirmações conclusivas. O Brasil sempre se orgulhou de ser uma potência do empreendedorismo. Em certos momentos, chegou a ter a maior taxa de empreendedorismo do mundo. Hoje anda em 7º lugar.

Isso é calculado como a proporção de empreendedores, formais ou informais, sobre a população adulta na faixa de 18 a 64 anos que i. ou têm um negócio estabelecido (em operação há mais de 3,5 anos); ou ii. têm um negócio inicial, subdividido aqui em duas categorias: os nascentes (em processo de gestação ou criados há no máximo 3 meses); e os novos (até 3,5 anos). Em números absolutos, são 44 milhões de empreendedores no país. Em termos relativos, 31,6%.

A fonte usada é a pesquisa GEM – Global Entrepreneurship Monitor. É um trabalho realizado há 21 anos em mais de uma centena de países. Coisa séria, conduzida no Brasil pelo SEBRAE e pelo IBQP – Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade. A divulgação recente passou meio em branco pelos analistas. Mas é bom olhar alguns insights. Apenas para contextualizar, a pesquisa foi realizada no 2⁰ semestre do ano passado, o que dá autoridade aos números para falar sobre o que se passava no auge da 1ª onda da pandemia.

No geral, a taxa total de empreendedorismo caiu cerca de 20% em relação a 2019. Não é um movimento usual, especialmente em tempos de crise. Mas a retração econômica na pandemia foi particularmente impiedosa com os negócios estabelecidos há mais de 3,5 anos, eliminando cerca de metade deles. No outro lado da balança, cresceu enormemente aquela categoria de empreendimentos iniciais. Podemos afirmar que esse segmento segurou o tombo.

Hoje, eles representam 74% do total de empreendimentos do país, o maior índice de toda a série histórica do GEM e o dobro do que se observa em épocas de PIB em alta. A questão é que, dentro dessa categoria, mais da metade são os chamados empreendedores por necessidade. (Aliás, a principal razão para se empreender no Brasil é a falta de emprego, citada por 82% dos empreendedores em resposta múltipla).

Na pressa de cacarejar alguns índices, como a já falada taxa total de empreendedorismo, quase nunca nos damos conta de que o tipo de empreendedorismo brasileiro é no geral de baixo impacto econômico. Não inova, não exporta, na sua maioria não gera empregos, funcionando basicamente como alternativa de ocupação própria para quem empreende. Nessa linha de raciocínio, podemos considerar que o povo brasileiro empreende acima de tudo uma grande política social, talvez a maior d país, muito maior, por exemplo, do que o Bolsa Família, que alcança 14 milhões de lares.

Empreendendo por necessidade

Empurrados para o mercado por falta de opção no país do desemprego a 15% – e não por vocação ou vontade – milhões de pessoas abrem negócios sem nenhuma ou muito pouca qualificação para ir além da autossustentação. Esse esforço não é desprezível, em especial porque funciona como um amortecedor para as tensões sociais. Mas as chances de acerto do ponto de vista econômico são mínimas. A resultante é a realimentação do ciclo de empobrecimento e a ampliação das desigualdades sociais num mundo em que novas habilidades, inclusive empreendedoras, são requeridas a cada instante, impulsionadas pela revolução tecnológica em curso. Esse é o significado real do empreendedorismo por necessidade.

Historicamente, há uma relação direta entre crise econômica e crescimento desse tipo de empreendedorismo. Mas três outras características chamam atenção nesse cenário de pandemia. A primeira é um certo envelhecimento do contingente de novos empreendedores. Possivelmente tem relação com a já mencionada força da destruição dos negócios já estabelecidos, onde predominam pessoas mais maduras. Sem alternativa na crise, mudam de status, e vão se somar àqueles que começam do zero. Nos últimos três anos, a participação relativa dos empreendedores acima de 45 anos vai de 21% para 27,1%, enquanto a faixa de 18 até 34 anos decresce de 57% para 47,2%, alterando a proporção, em números redondos, de 1:3 para 1:2 entre os dois grupos etários.

Desigualdade de gênero

Outra mudança de perfil diz respeito a gênero. Quando se analisa a série de 20 anos de pesquisas, não se identifica um padrão de comportamento dentro do segmento de negócios iniciais. A participação de mulheres, tanto cai, como sobe, em momentos de declínio ou de expansão, gerando, na média dos últimos dez anos, uma divisão rigorosamente igualitária. Mas o fato é que as mulheres parecem ter sido mais penalizadas pela pandemia. Hoje, mulheres empreendedoras são apenas 45% do total, contra 55% de homens.

Informalidade, baixa escolaridade e desalento

Por último, a componente escolaridade. Nesse caso, independentemente da pandemia, vem acontecendo nos últimos anos uma mudança expressiva no padrão de formação daqueles que iniciam novos negócios. O fundamental incompleto, que por anos representava em torno de 25% do total, agora é inferior a 10%. Por outro lado, a escolaridade superior salta de 6%, em 2017, para 24%, em 2020.

Há muitas interrogações a serem respondidas com o intuito de conhecer esse novo perfil do empreendedorismo brasileiro. A pergunta central é: para onde estão indo os jovens, mulheres e pessoas de baixa escolaridade? Serão eles maioria no segmento de desalentados? Estarão acomodados com o auxílio emergencial e outros programas sociais de governo, como afirma o andar de cima? Estão alocados em ocupações informais, secundárias e mesmo dispensáveis, tão à margem do trabalho decente que sequer são enxergados por estudos como GEM?

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A chegada numa nova empresa https://canalmynews.com.br/luiz-gustavo-mariano/a-chegada-numa-nova-empresa/ Tue, 06 Jul 2021 20:53:34 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/a-chegada-numa-nova-empresa/ Jogar em um time significa entrar em um processo, fazer parte das engrenagens, observar e gerar valor. Trocas concretas de valor, dentro das agendas do negócio.

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Recentemente, tenho observado diversas movimentações, em vários setores, principalmente em relação aos líderes. Muito se fala a respeito do momento da decisão de mudar e do processo de onboarding pelo lado da empresa. Mas vejo pouca discussão –e muito menos uma abordagem mais estruturada– do ponto de vista do executivo que desembarca em uma companhia.

Como atuar? Quanto tempo ficar na fase do “estudo”? Quando partir para o modo execução? São algumas questões importantes que devem ser estudadas pelos profissionais que estão entrando em uma nova fase da carreira.

Abaixo, listo os principais pontos que podem ajudar esses profissionais de uma maneira prática.

1 – Desenhe e domine o mapa de valor da empresa. O que isso quer dizer? Procure compreender desde a visão do cliente até os processos internos: toda a jornada do produto/serviço, mapeando os diferenciais, a proposta de valor, as funções e as pessoas. E, ainda, onde estão as reais alavancas de valor daquela específica empresa.

2 – Desenhe a cadeia de valor do negócio. Uma vez desenhado o ponto 1, entenda os competidores, a proposta de valor de cada player, o posicionamento deles e identifique a jornada de decisão do seu cliente em potencial.

3 – Entenda os objetivos e o desdobramento deles para cada etapa do processo da empresa, e como as engrenagens estão conectadas entre si e motivadas (ou não) para atingir esse objetivo final.

4 – Conecte os elos, o input e o output ideais da sua contribuição no processo, o que poderia melhorar na etapa anterior, na atual e na próxima, para que o produto final da sua etapa colabore melhor com o processo e estimule as outras etapas a entrar na mesma jornada.

5 – Conheça as dificuldades das etapas ao seu redor e as da sua área, e atue para ajudar a desatar os nós iniciais.

6 – Entre no processo, conheça as pessoas envolvidas, os rituais de gestão, o modelo de tomada de decisão, o fluxo de informações. Pergunte tudo o que puder –e escute tudo. Faça parte antes de fazer conclusões ou julgamentos, e opere para que você possa, enfim, criar um diagnóstico e começar a propor um plano de ação para colaborar com a engrenagem.

7 – Entenda e monitore as principais alavancas da empresa, o que faz a diferença e faça um benchmark –não só no Brasil, pois o mundo está aí para servir de aprendizado também. Além disso, é importante olhar para além da sua caixinha: observe empresas que não são concorrentes diretos, mas que tem modelos de negócios parecidos. Sempre dá para aprender e se inspirar.

Jogar em um time significa entrar em um processo, fazer parte das engrenagens, observar e gerar valor. Trocas concretas de valor, dentro das agendas do negócio.

Seguindo esse roteiro, não precisa pensar muito em tempo de adaptação, pois quando você menos esperar, estará rodando e contribuindo naturalmente.

E acredite: serve para os líderes, mas também para todos os níveis.

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Tacada de mestre https://canalmynews.com.br/luiz-gustavo-mariano/tacada-de-mestre/ Wed, 23 Jun 2021 19:37:06 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/tacada-de-mestre/ Por que a Anitta é o assunto da coluna? Porque ela acaba de entrar para o Conselho de Administração do Nubank

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Ela nasceu na zona norte do Rio de Janeiro e teve uma infância humilde, depois treinou e se dedicou para atingir o objetivo profissional e conseguiu construir uma carreira sólida e muito bem-sucedida. Para completar, fala três línguas e tem habilidade para fazer a gestão de um time grande.

Estou falando sabe de quem? Da Anitta. Para mim, é uma máquina empreendedora que soube criar e fazer crescer um produto – ela mesma.

E por que a Anitta é o assunto da coluna? Porque ela acaba de entrar para o Conselho de Administração do Nubank. Ela é a sétima integrante do grupo.

Em um comunicado, o banco afirma que a cantora vai ajudar a melhorar os produtos e serviços da companhia e que vai participar de reuniões trimestrais com a diretoria, em que vão discutir estratégias de atuação.

“Anitta tem profundo conhecimento do comportamento dos consumidores nesses mercados que tem explorado e tem muita experiência em estratégias de marketing vencedoras. Essas competências foram chave para a convidarmos para o Conselho”, disse David Vélez, CEO do Nubank.

Foi uma tacada de mestre do banco – e ousada, não apenas pelo talento da Anitta, mas também porque ela tem uma personalidade forte como todo e qualquer empreendedor que se fez sozinho. Tema essa muito debatido quando um fundo adquire parte de uma empresa por exemplo: Como será a atuação com o fundador?

É isso que a diversidade traz: diferentes origens, pensamentos, expertises e vivências. A Anitta vai levar para a companhia o ambiente em que ela transita. É uma oportunidade para o banco chegar a potenciais clientes e consumidores, gente que talvez não conheça a empresa, como ela funciona.

Como conselheira, ela vai apresentar aos executivos do Nubank uma realidade que poderá ser explorada comercialmente. Dada a experiência da cantora, ela vai certamente agregar uma visão empreendedora, talvez empírica e pouco estruturada, mas de alguém que realizou algo tão grande quanto o Nubank –e talvez até mais, porque não teve captação de recursos em séries A, B, venture capital etc. Ela chegou aonde chegou na raça, com muita dedicação e talento.

Se eu estivesse em uma companhia que tivesse um produto de massa, certamente adoraria ter a Anitta no meu conselho. Ainda mais em uma empresa do setor financeiro, em que bancos são vistos como vilões.

A Anitta está pra mim assim como alguns empreendedores do Brasil, que saíram do nada, em um país que nada nem ninguém te ajuda, e chegaram lá, com muito suor e dedicação.

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Cinco lições de vida que aprendi no Vale do Silício https://canalmynews.com.br/fabio-la-selva/cinco-licoes-de-vida-que-aprendi-no-vale-do-silicio/ Tue, 01 Jun 2021 18:57:21 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/cinco-licoes-de-vida-que-aprendi-no-vale-do-silicio/ Morei e trabalhei no Vale do Silício pelo Google de 2017 a 2019, liderando uma operação de atendimento a parceiros de publicidade de todas as Américas

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Muito honrado pelo convite para escrever pela primeira vez aqui no MyNews, resolvi consultar amigos para pedir conselhos sobre qual assunto deveria compartilhar neste espaço. Resolvi seguir aquele que me sugeriu compartilhar aprendizados do Vale do Silício que transmito em minhas mentorias de carreira. 

Apenas como breve contexto, morei e trabalhei no Vale do Silício pelo Google de 2017 a 2019, liderando uma operação de atendimento a parceiros de publicidade de todas as Américas. E considero esta uma experiência de vida única, que me concedeu aprendizados valiosos, que humildemente compartilho. 

Um alerta importante: quando menciona-se “aprendizados do Vale do Silício”, é natural esperarem lições de inovação, tecnologia, produtividade ou criatividade. E por isso, preciso frustrar-lhes desde já, pois o que compartilho aqui, nada tem a ver com esses temas naturais do local. Na realidade, o Vale do Silício é apenas um mero detalhe dentre os aprendizados que tive, uma vez que se dissesse que foram experiências adquiridas na Argentina, Camboja ou interior de São Paulo, teriam o mesmo efeito. O Vale foi simplesmente o local em que tudo aconteceu. Dito isso, vamos aos aprendizados, que são cinco: 

1. Exercer genuína empatia: 

Muito tem se falado sobre a importância da empatia nas corporações e nos relacionamentos. Sobre pensar além do próprio umbigo e se colocar no lugar do outro. No entanto, no Vale percebi que tinha subestimado o poder da cultura. Lá, com pessoas do mundo inteiro se encontrando em um só local, nada mais normal que vivenciar um tremendo choque de cultura. E descobri que se colocar no lugar do próximo não é se imaginar como você se comportaria na pele do seu interlocutor, é ir além; é imaginar justamente como ele se sente considerando sua própria bagagem e vivência. O que é um desafio incrível quando se conhece pouco o outro, e muito menos a cultura de onde vem. Quando ignoramos este fato, a empatia acaba dando lugar ao julgamento. 

2. Alimentar o entusiasmo: 

O conhecimento técnico sobre sua função é importante. A experiência que você adquiriu ao longo dos anos também é importante. Mas tanto conhecimento e experiência não fazem cócegas, se não demonstrarmos atitude. O “fazer acontecer”. E o grande combustível da atitude é o entusiasmo. Em um ambiente altamente competitivo, indivíduos que alimentam e mantêm saudavelmente seu entusiasmo, impactam significativamente mais o seu entorno. É comum confundir este estado com a motivação, mas o entusiasmo vai além. Entusiasmo é aquela energia que quando você veste, os outros ao seu redor sentem e são impactados positivamente com isso. 

3. Praticar a ‘modelagem’ de talentos: 

Em um ambiente com profissionais incríveis e respeitáveis, escolha um que você realmente admire. Agora, observe. Observe seu comportamento. A sua fala. Como esta pessoa trata os

outros. Como soluciona um problema. Como encara um problema. Observe cada detalhe e depois, anote. Faça uma lista mesmo. O que essa pessoa faz que a torna um profissional excelente? E comece a fazer o mesmo, a “modelar” esta pessoa. A PNL, programação neurolinguística, vem há muito tempo estudando o comportamento humano e ensinando que a modelagem é eficiente em todos os campos, desde o mundo corporativo e relacionamentos interpessoais, até nos esportes. Garanto a você que a aplicação é simples e os resultados podem ser surpreendentes, basta observar e praticar. 

4. A importância da gratidão: 

Este é outro conceito muito abordado hoje em dia. Confesso que antes encarava a gratidão como papo de livro de auto-ajuda. Até que um dia, no Vale, tive a oportunidade de fazer um curso sobre a Psicologia Positiva. Fizemos um exercício de “diário da gratidão”, onde todos os dias, antes de dormir, os alunos teriam que listar 5 coisas que eram gratos por terem acontecido naquele dia. No início, admito que era chato e me sentia um pouco tolo em fazê-lo. Mas, em pouco tempo, a chatice se transformou em um hábito de reflexão prazeroso, e hoje estou há 4 anos praticando o exercício, sem pular um dia sequer. Me impressiono ao reparar como ele ajudou a mudar a minha percepção do mundo em que vivo. Hoje não preciso mais esperar o fim do dia para sentir a sensação de gratidão nas experiências que vivencio. Ela está presente comigo a todo momento naturalmente. 

5. Lapidar a inteligência emocional com a Auto-hipnose: 

Aprendi a importância de cuidarmos de nossa saúde mental. Sinto que é comum nos preocuparmos com os cuidados do nosso corpo, como ir à academia frequentemente, por exemplo. Mas pouco damos atenção às necessidades da nossa mente. Em um ambiente de pressão intensa e estresse constante, descobri que existem técnicas que nos auxiliam a encarar e administrar tamanha pressão. Meditação, mindfulness, respiração ritmada são algumas delas. Mas foi na auto-hipnose onde mais encontrei esse refúgio de renovação de energia. Através dessa prática, consegui melhorar meu foco e concentração, além de elevar minha inteligência emocional e resiliência. 

Estas são experiências muito pessoais. Lições que me transformaram a ser um profissional e uma pessoa melhor. Espero que elas tragam algum valor para você também. Ou que pelo menos te inspirem a se observar, e te auxiliem no seu próprio caminho de busca do autoconhecimento. 


Quem é Fabio La Selva

Fabio La Selva é mentor de carreiras e co-fundador da Cortex Academy

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O ativismo precisa estar no ambiente corporativo https://canalmynews.com.br/luiz-gustavo-mariano/o-ativismo-precisa-estar-no-ambiente-corporativo/ Thu, 27 May 2021 17:06:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-ativismo-precisa-estar-no-ambiente-corporativo/ Os líderes atuais devem estar atentos para o seu entorno; se preocupar com o que dizem e sentem todos aqueles que fazem parte de sua comunidade

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Propósito. Essa palavra virou quase um mantra para as empresas que querem realmente fazer a diferença na vida das pessoas. O propósito pode ser a razão da existência de uma companhia; é a meta que faz com que ela atue de uma maneira que contribua para a sociedade como um todo.

O propósito orienta a empresa e, claro, os funcionários. Nesse sentido, os líderes agora precisam (e são cobrados por isso) se posicionar em relação a temas que estão em pauta.

Li um bom artigo no Valor a respeito desse assunto. O título: “Todo CEO deveria ser um ativista de causas maiores”. A repórter Barbara Bigarelli começa o texto assim:

“A ascensão da agenda ESG tem levado a uma maior cobrança da sociedade e de investidores para CEOs se posicionarem e agirem em prol de causas maiores que os interesses de suas organizações. Mas ser ou não ser um CEO ativista nem deveria mais ser uma dúvida para os executivos”.

Ex-presidente do BNDES, da CSN e da Icatu Seguros, Maria Silvia Bastos diz no artigo que “o ativismo não é um custo para a carreira, mas um enorme benefício. ‘É o que retroalimenta o executivo’”.

Concordo com essa visão. Os líderes não podem mais ficar enclausurados em seus escritórios, pensando apenas nos processos internos e no balanço da empresa, como se a sua organização fosse uma ilha que existe à parte dos problemas e das questões que afetam a cidade ou o país em que atuam.

Os líderes atuais devem estar atentos para o seu entorno; se preocupar com o que dizem e sentem todos aqueles que fazem parte de sua comunidade.

Mas vou além. Essa postura “ativista” não deve ficar restrita aos líderes. Deve estar presente em todos os níveis hierárquicos de uma empresa. Os líderes são, claro, o exemplo, mas eles devem estimular essa atitude nos demais funcionários.

E o que significa ter uma postura ativista? Alguns exemplos: significa estar atento a questões como diversidade, racismo, machismo, homofobia, sustentabilidade, desigualdade.

Ser um líder ativista tem a ver com garantir, com repercussões rigorosas, que nenhuma escolha ou tomada de decisão em relação às pessoas seja feita a partir de vieses preconceituosos ou de preferências individuais que conotem qualquer tipo de discriminação –principalmente nos temas de diversidade racial, social, opção sexual, machismo, homofobia. Serve também em relação a temas como boa governança, pagamento de impostos, ética e padrões de sustentabilidade..

São temas que estão na boca das pessoas, na pauta dos debates. E ser ativista significa não apenas falar que é a favor da diversidade, mas implementar ações para que a diversidade seja efetivamente conquistada. Não pode ficar apenas no discurso.

Volto ao artigo do Valor. “Primeira mulher a presidir o BNDES e a CSN e primeira executiva mulher a vencer o Executivo de Valor (em 2000 e 2001), como a melhor gestora no setor de mineração, siderurgia e metalurgia na escolha dos headhunters, Maria Silvia diz que se sentiu solitária em muitos momentos na carreira. Rodeada de homens, diz que havia uma tendência natural de agir como eles para ganhar espaço e respeito, mas que preferiu fazer do olhar feminino, que considera ser diferente na gestão (em termos de empatia, negociação e aproximação com funcionários), um diferencial.”

Ou seja, Maria Silvia conquistou o seu espaço na marra, superando diversos obstáculos (estruturais, de costumes). Um líder verdadeiramente ativista coloca em prática medidas que eliminam esses obstáculos.

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Empreendedorismo e as expectativas econômicas dos pequenos negócios https://canalmynews.com.br/francisco-saboya/empreendedorismo-e-as-expectativas-economicas-dos-pequenos-negocios/ Tue, 11 May 2021 18:12:05 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/empreendedorismo-e-as-expectativas-economicas-dos-pequenos-negocios/ Deveríamos tratar bem o empreendedor e cultivar o empreendedorismo como uma estratégia nacional de desenvolvimento

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Empreender não é uma tarefa fácil em nenhum lugar. Aqui é um pouco pior. Além das dificuldades naturais, o já tão decantado custo Brasil – aquela mistura de burocracia, impostos elevados e quase inadministráveis no manicômio tributário, crédito curto e caro, etc. – torna a vida de quem gera emprego e riqueza uma tormenta. O empreendedor não é um tipo que se acha em qualquer esquina. Ele tem habilidades especiais. A mais importante é a capacidade de combinar, numa única estrutura psicológica, uma forte capacidade de visionar e um elevado senso prático. Isso chama dois outros traços marcantes desse personagem: a disposição para correr riscos e a perseverança, aquela energia que move as pessoas na direção certa apesar dos obstáculos. 

Não se trata de características que convivem habitualmente numa mesma pessoa. Todo mundo conhece alguém que sonha tanto que parece até que vive no mundo da lua (quando isso tinha outro significado, já que hoje todos temos um pé lá). Qualquer um também lida com pessoas altamente pragmáticas, que possuem os dois pés fincados na pedra dura do chão. Mas a mistura desses dois traços não é trivial. Tomando emprestado a poesia de João Cabral, empreendedor, como engenheiros, sonha coisas claras: … o mundo que nenhum véu encobre

Por isso deveríamos tratar bem o empreendedor e cultivar o empreendedorismo como uma estratégia nacional de desenvolvimento. Aquele que mira o futuro, articula recursos e coordena a produção, que entrega valor para o mercado comprando a preços certos pra vender a preços não sabidos – para ficar aqui numa das definições mais antigas de empreendedorismo, do banqueiro francês do século 18, Richard Cantillon – merece ser melhor tratado pelo estado. Afinal, não existe nação próspera sem altas dosagens de empreendedorismo. Com apoio do estado, melhor ainda.

No Brasil, o tecido empreendedor é formado por 96% de pequenos negócios, incluindo aí MEIs – Microempreendedores Individuais; MEs – Microempresas e EPPs – Empresas de Pequeno Porte. Passado um ano de pandemia, o SEBRAE foi atrás de medir o ânimo desse segmento econômico. Num país onde prestígio, riqueza e poder se confundem com tamanho, ser pequeno no Brasil é carregar um fardo dobrado. Pois bem, pesquisa realizada pelo SEBRAE/FGV, publicada em março, traz dados inquietantes. O principal deles é a preocupação com o futuro do negócio. O estado de espírito é de aflição para 57% dos pequenos negócios. Apenas 10% estão otimistas. Alguns segmentos estão particularmente impactados. Alimentação (68%), economia criativa (67%) e beleza (64%) são os três mais críticos. No geral, esse universo só tem alguma esperança de voltar à normalidade (vender, faturar e pagar as contas) em julho de 2022. São 17 meses contados da data da pesquisa. Para se ter um parâmetro de referência, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela CNI, superou 54% no mesmo período. Deixando claro aqui que são indicadores distintos, a comparação permite delinear o contraste entre esses dois mundos.

Essa mesma pesquisa do SEBRAE traz dois indicadores que ajudam a explicar tal estado de ânimo. O primeiro é a queda do faturamento em relação ao período anterior à pandemia, que piorou para 79% dos estabelecimentos.  O segundo é o grau de endividamento, que jogou 69% dos negócios nas garras dos bancos oficiais, cooperativas de crédito e agiotas. 38% já não conseguem honrar suas dívidas. Não é à toa que as duas principais esperanças dos PNs eram o retorno das linhas de crédito especiais abertas pelo governo durante a fase inicial da crise, com destaque para o Pronampe; e a prorrogação do auxilio emergencial, pela capacidade desse benefício aquecer a demanda por bens e serviços. 

Técnicos do SEBRAE, ao início da pandemia, estimavam que, sem apoio oficial, a capacidade de enfrentamento da crise por parte dos pequenos negócios, o chamado fôlego do empreendedor, era de 3 a 4 meses. No limite da asfixia, vieram os programas governamentais. Que foram erroneamente suspensos em dezembro e somente agora retomados numa edição mais tímida.

Estamos em maio de 2021 e o governo anuncia mais atrasos no cronograma de vacinação. Quantos pequenos negócios ficarão pelo meio do caminho?

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Técnica e instinto https://canalmynews.com.br/luiz-gustavo-mariano/tecnica-e-instinto/ Mon, 03 May 2021 21:22:29 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/tecnica-e-instinto/ Temos a tendência de agir instintivamente e, consequentemente, não damos o devido valor a aspectos técnicos que poderiam basear as nossas decisões

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Imagine a seguinte situação. Você está visitando uma amiga. Ela diz que tem duas crianças. Suponha que cada vez que alguém tem uma criança, a probabilidade de ter uma menina é a mesma que a probabilidade de ter um menino (e que o fato de a mãe ter um menino ou uma menina na primeira vez não afeta as probabilidades envolvidas no segunda vez). A amiga te diz que pelo menos uma das crianças é uma menina. Qual é a probabilidade de que a outra criança também seja uma menina?

(Pense na resposta.)

Se você respondeu 50% ou pensou que por trás dessa pergunta tinha uma pegadinha, você provavelmente usa atalhos mentais para resolver esses problemas preditivos ou de avaliação. E esses atalhos que utiliza para resolver esse tipo de problema você provavelmente faz uso dessa mesma característica empírica para tomar decisões e fazer escolhas sobre negócios e sobre pessoas no dia a dia da sua organização.

Exemplos desse tipo de comportamento. Quem contrata por empatia, em uma demissão tende a agir por sintonia, já em uma promoção segue preferências pessoais, e no momento de distribuir bônus aufere performance de um jeito não tangível. E por aí vai.

Além disso, esse tipo de profissional geralmente não costuma ouvir os pares e/ou os subordinados na hora de desenhar um projeto; e insiste, sem muito estudo ou lógica, que a sua opinião é a melhor (e, já testemunhei casos em que um profissional não exerce o poder de veto e fica imóvel na hora de tomar uma decisão justamente para paralisar uma outra – é o típico movimento de pessoas não colaborativas que engessam uma empresa e fazem o grupo perder uma oportunidade que chega à mesa).

Imagem de referência de escritório. Foto: Social Cut/Unsplash
Imagem de referência de escritório. Foto: Social Cut/Unsplash

O israelense Daniel Kahneman ganhou um Nobel de economia em 2002 pelo seu trabalho com economia comportamental. Ele mostra como o homem muitas vezes age por instinto, pela emoção, independentemente de sua capacidade técnica e teórica. As ideias de Kahneman são muito aplicadas ao mercado financeiro (as pessoas têm uma propensão maior a levar em consideração as possibilidades de perda do que as chances de ganho), mas podem ser levadas ao ambiente corporativo. Temos a tendência de agir instintivamente e, consequentemente, não damos o devido valor a aspectos técnicos que poderiam basear as nossas decisões.

É preciso tomar cuidado e estar atento, porque todos nós temos vieses inconscientes poderosos que nos coíbem de construir algo melhor e, de fato, colaborar. Trabalho em equipe, buscar o crescimento da empresa e ter em mente um bom resultado: tudo isso exige autocontrole, desenvolver e aprofundar os temas importantes e, também, deixar o ego de lado e pensar com o cérebro.

PS: a resposta para a pergunta do início deste texto: a probabilidade do segundo filho ser uma menina é de um terço. Sabe explicar o porquê?

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Ao escolher uma proposta, preste atenção no estágio da empresa https://canalmynews.com.br/luiz-gustavo-mariano/ao-escolher-uma-proposta-preste-atencao-no-estagio-da-empresa/ Tue, 27 Apr 2021 17:02:20 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ao-escolher-uma-proposta-preste-atencao-no-estagio-da-empresa/ Quando uma empresa muda de um estágio para o outro, mudam também o que e como ela está produzindo, as necessidades dela e, consequentemente, o que busca em um executivo

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No momento de analisar propostas para escolher qual empresa será o seu destino, os profissionais costumam utilizar como parâmetros: cargo (será um gerente? diretor?); escopo de funções; salário; benefícios indiretos; posição da empresa dentro do mercado em que atua, entre outros.

Mas há um critério que normalmente passa despercebido, mas que pode influenciar bastante no futuro mais imediato da carreira: o ciclo em que a empresa está. Na Flow, em que trabalho, chamamos isso de “estratégia & condições”.

O empreendedor e vice-presidente de produtos do Facebook Nikhyl Singhal, em sua newsletter, chama a atenção para a questão. “Não é apenas onde você está em sua carreira, mas também onde cada empresa está em seu desenvolvimento, o que pode te ajudar a dar um salto, ou quebrá-lo”, escreve o executivo.

Singhal montou um gráfico no qual divide as empresas em quatro categorias, de acordo com o momento estrutural de cada uma delas (o modelo é baseado em companhias do setor de tecnologia, mas pode ser aplicado para organizações de outras áreas).

A primeira categoria é “passo de bêbado”. Aqui estão as companhias em estágio “pré-produto”: elas não sabem exatamente como será o produto que vão desenvolver e têm de descobrir isso experimentando, errando, voltando atrás, corrigindo rapidamente e montando a estrutura operacional.

Na segunda categoria estão as empresas em momento de “ajuste de produto”. Elas já sabem como será o produto, mas precisam desenvolver processos, acertar a estrutura para que a equipe tenha estabilidade para chegar ao objetivo final.

O terceiro estágio é o do “crescimento”. Aqui há uma espécie de funil, porque não são muitas as empresas que conseguem chegar a esta etapa de maneira sólida. A demanda pelo produto está em alta e, por isso, os funcionários talvez estejam operando em um ambiente caótico para suprir esse aumento da procura. Mesmo nesse cenário, as melhores empresas ainda conseguem inovar –só que o crescimento, principalmente se for muito acelerado, por criar problemas e imprevistos.

Já o quarto estágio é o das “empresas em escala”, líderes de mercado. No segmento de tecnologia, alguns exemplos são Oracle, Microsoft, Salesforce –além de todas as Big Techs

São companhias já muito bem-sucedidas, com estrutura e processos já consolidados.

E, como aponta Singhal, quando uma empresa muda de um estágio para o outro, mudam também o que e como ela está produzindo, as necessidades dela e, consequentemente, o que busca em um executivo.

Por isso, quando for analisar uma proposta para mudar de emprego, é importante levar em conta não apenas como está a sua carreira, mas em qual estágio está posicionada a empresa.

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Em bate-papo exclusivo, casal explica como transformou a paixão por viajar em fonte de renda https://canalmynews.com.br/mais/em-bate-papo-exclusivo-casal-explica-como-transformou-a-paixao-por-viajar-em-fonte-de-renda/ Sat, 24 Apr 2021 18:17:01 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/em-bate-papo-exclusivo-casal-explica-como-transformou-a-paixao-por-viajar-em-fonte-de-renda/ Em entrevista para o MyNews, a dupla esclareceu dúvidas e contou como é possível fazer dinheiro caindo na estrada

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Quem nunca sonhou em fazer as malas, cair na estrada e conhecer os mais variados cenários mundo afora? Essa proposta idealizada por muitos é a realidade do casal Rômulo Wolff e Mirella Rabelo, convidados especiais do programa Bate-Papo do MyNews, apresentado pela jornalista Myrian Clark.

O casal Rômulo e Mirella viajam o mundo em um motorhome, veículo recreativo equipado com espaço de convivência e facilidades.
O casal Rômulo e Mirella viajam o mundo em um motorhome, veículo recreativo equipado com espaço de convivência e facilidades. Foto: Reprodução (Arquivo Pessoal).

Nessa agradável conversa exclusiva para os membros do canal no YouTube, a dupla fala sobre as vantagens e desafios de viver em um motorhome (veículo equipado com espaço de convivência e facilidades encontradas em uma residência), bem como sobre algumas experiências pessoais e profissionais encaradas ao longo dos últimos sete anos – os dois contam que largaram suas carreiras empresariais para criar a plataforma de entretenimento e viagens Travel and Share, transformando as rodovias em fonte de renda.

Trecho do programa ‘Bate-Papo: viagem e empreendedorismo’ exclusivo para membros do canal MyNews. Vídeo: Reprodução (MyNews).

Respondendo a perguntas e opiniões dos apoiadores do canal, o casal esclareceu dúvidas sobre empreendedorismo, produção de conteúdo e desenvolvimento de cursos e palestras, além, é claro, de apresentar uma série de orientações para quem deseja transformar a paixão de viajar em uma rotina sustentável.

Com entusiasmo e dedicação, Mirella e Rômulo ensinam para os membros do MyNews como fazer do mundo o quintal de casa.

Bate-Papo: motorhome, viagem e empreendedorismo

Íntegra do ‘Bate-Papo’ com Rômulo Wolff e Mirella Rabelo, programa exclusivo para membros do canal MyNews.

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Mercado de Trabalho TIC em Blumenau: de uma ‘spin-off’ a uma referência estadual https://canalmynews.com.br/mais/mercado-de-trabalho-tic-em-blumenau-de-uma-spin-off-a-uma-referencia-estadual/ Wed, 14 Apr 2021 23:20:30 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/mercado-de-trabalho-tic-em-blumenau-de-uma-spin-off-a-uma-referencia-estadual/ O desafio maior é gerar mão de obra para as empresas locais e regionais que necessitam cobrir 2 mil vagas em aberto

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Blumenau começa seus primeiros passos na construção de um setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) numa ação colaborativa iniciada por algumas empresas têxteis de grande porte na segunda metade dos anos 1960. Pode-se dizer que o setor têxtil foi “spin-off” do setor TIC em  Blumenau.

Percebendo a necessidade de iniciar o processo de informatização de seus dados, em 1969, 13 indústrias têxteis se uniram e criaram o CETIL – Centro Eletrônico da Indústria Têxtil. Na época, não existia mão de obra local para essa área e muitos profissionais vieram de outros estados. E o setor rapidamente avançou: entre os anos 1970 – 1980 chegou a empregar 3,5 mil pessoas.

Em 1975 o CETIL apóia a criação do primeiro curso de processamento de dados do Brasil pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb), que é uma instituição de ensino superior pública municipal, criada em 1964. Esse curso foi o primeiro em Santa Catarina, o segundo no sul do Brasil e o oitavo do país.

Aqui já se percebe claramente a colaboração entre a Prefeitura de Blumenau, a Furb e a iniciativa privada que, unidas, começam a gerar mão de obra qualificada ao novo setor criado. A própria Furb, aliás, foi um projeto idealizado pela cidade com ações envolvendo a sociedade local.

Com o passar dos anos o CETIL passa a ser “spin-off” de diversas outras empresas de TIC com destaque para softwares de gestão e contabilidade. O segmento vem numa crescente e em 1992 os empresários do setor TIC criam a sua associação, a Blusoft – Pólo Tecnológico de Informação e Comunicação da Região de Blumenau. Por muitos anos atuou como incubadora e condomínio de base tecnológica.

Em 2002 surge, então, o Instituto Gene Blumenau que passa a atuar como incubadora com ações voltadas ao empreendedorismo e a inovação. A Prefeitura de Blumenau é uma das principais parceiras dessa organização com aporte mensal de recurso financeiro.

Em 2006 a cidade começa um projeto de geração de mão de obra ao setor TIC chamado Entra21. De lá pra cá já formou mais de 4 mil jovens com apoio direto da Prefeitura de Blumenau, Governo do Estado de Santa Catarina (por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina – FAPESC) e empresas TIC da região. São 480 horas de capacitações gratuitas e mais o ensino de alemão ou inglês. O programa é super bem sucedido e com taxas acima de 80% de empregabilidade.

Em 2020 é inaugurado o Centro de Inovação Blumenau (CIB) que abriga empresas incubadas e empresas inovadoras, além de desenvolver projetos com foco na inovação. A abrangência do CIB é o Médio Vale do Itajaí e com atuação em rede com os demais 18 centros de inovação espalhados pelo Estado de Santa Catarina. O projeto dos Centros de Inovação é uma ação do Governo do Estado de Santa Catarina que pretende colocar o estado com protagonista desse tema no País.

Todas essas ações fazem com que Blumenau atualmente tenha algo como 1.200 empresas TIC, gere aproximadamente 15 mil empregos, estimativa de R$ 5 bi de faturamento, maior arrecadador de ISS da cidade e um setor que cresce a taxa média de 25% ao ano. Blumenau, segundo o Observatório Acate, é a 6ª cidade com mais de 383 empresas por 100 mil habitantes e a 1ª como cidade do interior do Brasil.

O desafio maior é gerar mão de obra para as empresas locais e regionais que necessitam cobrir 2 mil vagas em aberto. Temos diversas instituições de ensino – técnico e superior – que oferecem vagas, treinamentos internos nas empresas, o programa Entra21, cursos de curta duração, cursos online, etc. 

Mesmo assim, falta mão de obra e as empresas correm atrás de gente por todo o Brasil e muitas vezes falta aos jovens buscarem essa qualificação que está aberta, muitas vezes de forma gratuita. Temos conhecimento inclusive de cursos ofertados e que não preenchem as vagas. 

Enfim, de uma ‘spin-off’ o setor de TIC em Blumenau passou por diversas fases e hoje colhe frutos desta trajetória sendo uma das referências em Santa Catarina e também no país. Que consigamos continuar garantindo qualificação e que a cidade e as empresas continuem crescendo e ajudando a economia como um todo.


Quem é Charles Schwanke?

Charles Schwanke é diretor de Desenvolvimento Econômico & Inovação da Prefeitura de Blumenau e Secretário do Conselho de Administração do Instituto Gene Blumenau

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Quer ter sucesso profissional? Mire-se nos Beatles https://canalmynews.com.br/luiz-gustavo-mariano/quer-ter-sucesso-profissional-mire-se-nos-beatles/ Mon, 05 Apr 2021 22:34:13 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/quer-ter-sucesso-profissional-mire-se-nos-beatles/ Tenho visto que muitos profissionais não entendem que precisam estudar (treinar) para crescerem na carreira

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Em 2008, o jornalista Malcolm Gladwell, da revista New Yorker, publicou o livro “Fora de Série – Outliers”. Nele, Gladwell fala sobre a teoria das 10 mil horas, que diz mais ou menos o seguinte: para alguém se tornar realmente bom em algo, é preciso dedicar pelo menos 10 mil horas estudando e treinando.

O autor citava exemplos fascinantes para provar a tese –entre eles, o dos Beatles. Antes de se tornar a principal banda do mundo, os quatro rapazes de Liverpool passaram horas e horas e horas tocando em bares de Hamburgo, na Alemanha. Ali, viraram músicos melhores, e quando voltaram à Inglaterra, estavam prontos para conquistar o planeta.

As ideias de Gladwell foram adaptadas de alguns estudos acadêmicos, principalmente de um em que o co-autor é o Nobel de Economia Herbert Simon. Em sua pesquisa, Simon notou que muitos jogadores do xadrez passaram até 50 mil horas estudando estratégias até se tornarem grandes mestres.

Há diversos casos em muitas áreas. Até no futebol. Pelé, Zico e Cristiano Ronaldo, por exemplo, são craques não apenas porque nasceram com o dom do futebol, mas porque aperfeiçoaram o talento nos treinamentos –na Juventus, da Itália, o CR7 é sempre o primeiro a chegar e o último a sair dos treinos.

Sabe a Maya Gabeira? É uma das principais surfistas de ondas grandes do mundo. Tem um talento nato para o esporte. Mas, em 2013, sofreu um acidente tentando pegar uma onda gigante em Nazaré (Portugal). Foi resgatada do mar, inconsciente. O que ela fez? Passou a treinar ainda mais, e em 2018 entrou no Guiness Book por ter surfado uma onda de mais de 20 metros também em Nazaré.

E tem a Maria Esther Bueno, brasileira que está entre as principais tenistas da história. Quando criança, treinava nas quadras do Clube de Regatas Tietê, em São Paulo. Conquistou 589 títulos internacionais.

Mas por que estou falando isso aqui, em uma coluna que costuma tratar de empresas e negócios? Porque tenho visto que muitos profissionais não entendem que precisam estudar (treinar) para crescerem na carreira.

Há um gap de compreensão aqui no Brasil da relação esforço x recompensa (ou realização).

Não são poucos os profissionais que acreditam que basta acordar, ir para a empresa e passar muitas horas trabalhando e… pronto, o caminho para o sucesso está pavimentado.

É uma expectativa que não tem muita relação com a realidade. Muitos olham para cima e veem gente bem-sucedida, exemplos de sucesso profissional. Mas, o que não entendem, é que essas pessoas abriram mão de muita coisa (de horas de lazer, de momentos com os amigos etc.) para estudar, para treinar –para entender qual é a melhor maneira de desenvolver o talento. Lembre-se: até os Beatles passaram horas e horas e horas treinando e ensaiando antes de pensar em tocar em programas de TV.

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Inovação entre a intenção e gesto https://canalmynews.com.br/francisco-saboya/inovacao-entre-a-intencao-e-gesto/ Tue, 30 Mar 2021 17:31:18 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/inovacao-entre-a-intencao-e-gesto/ O fato é que nos últimos 10 anos o país perdeu posição relativa no índice de inovação

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No dia em que o governo federal lança a medida provisória de ambiente de negócios, a Folha de São Paulo repercute o resultado do IGIÍndice Global de Inovação 2020, discutido em um de seus seminários regulares sobre o tema, com moderação de Vinícius Torres.  Esta classificação é feita anualmente pelo Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi), em parceria com a Universidade de Cornell (Estados Unidos) e com o Instituto Europeu de Administração de Empresas (Insead). Coisa séria. O plano do Ministério da Economia mira em um outro ranking, o do Banco Mundial (Doing Business 2020), igualmente sério, porém restrito. Foca essencialmente numa visão microeconômica, associada a dez indicadores que vão da criação, funcionamento, financiamento, tributos até o encerramento de um negócio. No primeiro ranking, o Brasil está na 62ª posição, enquanto no segundo fica na 124ª.

O título da apresentação distribuída pelo ME fala em caminho para o top 50 países mais competitivos. Pelos caminhos traçados, não vamos chegar nunca no destino. O propósito do plano é essencialmente a melhoria do ambiente de negócios. Fundamental, pois estamos 50 anos atrasados nesse quesito. Mas é conveniente não confundir as coisas. Competitividade e ambiente de negócios são coisas relacionadas, mas distintas. Ficaram de fora temas críticos como a educação, pesquisa e desenvolvimento, qualidade do capital humano, inovação tecnológica, além de questões ambientais, identitárias e outras que o mundo fora da bolha, o mundo real, elegeu como prioridades para a atratividade dos negócios e competitividade dos países. É como se numa disputa de um campeonato de futebol, o presidente do clube priorizasse a melhoria do gramado achando que com isso o time iria pra série A. Tem mais coisas em jogo. 

Existe uma indústria de rankings. Há ranking para tudo. Poucos merecem ser considerados, estudados e tomados como referência para um bom planejamento, o que não é o caso do Banco Mundial. Mas daí a torná-lo objetivo de uma política nacional parece um tremendo equívoco.  Está lá escrito, melhorar a posição do Brasil no indicador doing business do WB. O propósito da boa política pública será sempre aumentar o bem estar social, a sustentabilidade sócio-ambiental e a prosperidade econômica da nação por meio da competitividade, principal resultante da inovação. É isso que realmente importa em uma economia de mercado em um mundo aberto.

É aí onde enxergamos a luz cada vez mais distante. A competitividade possui dezenas de atributos, e a qualidade do ambiente de negócios é apenas um deles. Isso quer dizer basicamente menos burocracia, menos impostos e menos governo asfixiando o empreendedor. Uma parte da equação, portanto. Se tomarmos como referência o IGI e seus sete pilares, estamos falando grosso modo de um sete avos do problema a ser resolvido. Carregando aqui nas tintas, a Alemanha, que é o 9º no IGI, é o 90º em termos de custos de mão de obra e 96º em facilidade de se abrir um negócio. Com esses números, seria um Brasil que deu certo. Resumo da ópera: um país sem infraestrutura logística, sem internet de qualidade, sem bons níveis educacionais, sem altos investimentos em ciência, tecnologia e inovação, sem universidades de alto padrão, sem instituições sólidas, sem estabilidade política dificilmente avançará. Talvez nem mesmo no ranking selecionado pelo governo. 

O fato é que nos últimos 10 anos o país perdeu posição relativa no índice de inovação, sendo hoje o 62º (era o 47º em 2011). Pior, ficando cada vez mais distante do bloco de países competidores diretos. No antigo e já inútil BRICS, por exemplo, o Brasil já foi o segundo, agora é o último, atrás de Rússia, Índia e África do Sul. Na América Latina, perdemos para Chile, Costa Rica e México. Este último, aliás, progrediu no período da 81ª para a 55ª posição. 

Lembrava há anos o ministro Luiz Roberto Barroso que não somos atrasados por acaso. O atraso é bem defendido entre nós. Pelas corporações, para manutenção de seus privilégios; por segmentos empresariais, para arrancar mais um naco de um estado secularmente privatizado; pelo clientelismo da classe política em sua infindável relação patrimonialista com a coisa pública. Os governos seguem dando a sua demão, enfrentando os complexos desafios do século 21 com um repertório do século passado. 

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Obrigada, povo do MyNews https://canalmynews.com.br/mara-luquet/obrigada-povo-do-mynews/ Sun, 14 Mar 2021 16:55:39 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/obrigada-povo-do-mynews/ O que era um sonho se tornou realidade e completou, nesta semana, três anos com carinha de 30, como diz a nossa campanha de aniversário

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Foi aos 52 anos que consegui colocar de pé um dos maiores sonhos da minha vida. Participei da criação de um canal de notícias considerado, pelo Google, o benchmark de inovação em jornalismo no mundo.

O que era um sonho se tornou realidade e completou, nesta semana, três anos com carinha de 30, como diz a nossa campanha de aniversário. Carinha de 30 porque nesse pouco tempo de vida passou a ser reconhecido, no Brasil e no exterior, por sua qualidade técnica e editorial.

Obrigada, povo do MyNews
Obrigada, povo do MyNews. Fonte: MyNews

Comecei falando da minha idade porque muita gente ainda acha que inovação é coisa só de gente jovem. Nada contra os jovens. Pelo contrário. Hoje, no MyNews, temos uma turma de profissionais ainda na casa dos vinte e poucos anos tão competente e comprometida que nos dá a certeza de que nunca deixará a peteca cair.

Mas foi a turma dos 40+ que entrou em campo para fazer o sonho acontecer. Isto, lá no começo, quando confidenciei a Antônio Tabet meu desejo de fazer, no jornalismo, o que ele e a turma do Porta dos Fundos fizeram no humor: um canal independente e sustentável.

Na ocasião, esse time sênior trabalhava em grandes empresas. Apesar de estarem na zona de conforto, ansiavam por um desafio. Jornalistas puro sangue que enxergaram a oportunidade de participar de um projeto que usasse e abusasse da inovação tecnológica e que tivesse compromisso com a pluralidade de ideias. Esta combinação vencedora nos trouxe até aqui e continuará a pautar nosso trabalho.

Hoje, minha função no canal está mais voltada a viabilizar projetos da nossa equipe. E, depois de passar por esta experiência de três anos, posso afirmar: empreender no Brasil é difícil. Mas não impossível e isto só nos faz mais felizes, ao ver um sonho se realizar apesar das pedras no meio do caminho.

Certamente, minha maior ventura foi reunir uma equipe competente, comprometida, corajosa, disposta a fazer o impossível acontecer a cada dia. Sem dúvida, essa turma é o maior patrimônio do MyNews.

Eles são a garantia de que este não é o canal da Mara e do Tabet, mas sim o MyNews, um canal de jornalismo independente, com jornalistas profissionais, cuja missão é levar informações e análises da melhor qualidade à nossa audiência, com pluralidade e diversidade.

Neste ano que antecede uma das eleições mais esperadas de todos os tempos, o MyNews se orgulha em promover o debate sério e responsável de ideias, não importando a corrente de pensamento, porque acredita ser este o desejo dos quase meio milhão de inscritos e dos muitos que a eles se juntarão neste seu quarto ano de vida.

Obrigada, povo do MyNews!

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Celso Athayde aponta que meritocracia só faz sentido com democratização das oportunidades https://canalmynews.com.br/mais/celso-athayde-aponta-que-meritocracia-so-faz-sentido-com-democratizacao-das-oportunidades/ Sat, 12 Dec 2020 14:02:13 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/celso-athayde-aponta-que-meritocracia-so-faz-sentido-com-democratizacao-das-oportunidades/ Poder público e empresas devem se unir para geração de oportunidades

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Muita gente pode ver uma pessoa que veio da dificuldade, e hoje goza de uma boa condição de vida, e recorrer ao velho chavão “Olha lá. É só se esforçar que a pessoa chega lá”. Quem reproduz esse discurso talvez não conheça o conceito correto de se esforçar, ou não saiba o que gira em torno do tal “esforço”.

Para essa pessoa que veio da base da pirâmide e atingiu o topo, é provável que muita gente que estava ao redor dela tenha aberto mão de muita coisa para, ao menos, contemplar uma infância e juventude dignas para o cidadão que ascendeu.

E a maior indagação a ser feita é quantas pessoas, que fizeram parte da infância desse alguém que subiu degraus na pirâmide, tiveram destino semelhante. Falo pela minha experiência: nenhum —ou quase nenhum— amigo de infância goza de um padrão de vida semelhante ao que eu tenho hoje.

Por isso que digo que as oportunidades devem ser democratizadas com todos. A Central Única das Favelas (CUFA) instituição que eu fundei, é um exemplo de que, com boas oportunidades, a meritocracia pode vir a valer, fazendo com que pretos e favelados conquistem o espaço que lhe são de direito.

CUFA realiza uma série de projetos sociais em favelas de todo o Brasil
CUFA realiza uma série de projetos sociais em favelas de todo o Brasil.
(Foto: Divulgação)

Com a série de projetos que implementamos, ao longo das últimas duas décadas, geramos oportunidades e revelamos talentos nas mais diversas áreas — como Anderson Quack e Rodrigo Felha, no audiovisual; MV Bill, Nega Gizza e Kondzilla, na música; Manoel Soares, na comunicação; Patrick de Paula, no futebol, entre outros.

Mas esse dever não é só da CUFA. É de toda a sociedade. A democratização e a distribuição de oportunidades devem ser alavancadas pelo Poder Público, e é salutar que as grandes empresas embarquem nessa onda também, inclusive, criando programas internos para desenvolvimento de lideranças de funcionários que vêm da base da pirâmide.

Se tem alguma boa mensagem que esse tempo nefasto de pandemia nos deixou, é da cooperação entre poder público e grandes empresas para ajudar e fortalecer a base da pirâmide.

O autor, empresário e ativista Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas (CUFA) e atual CEO da Favela Holding
O autor, empresário e ativista Celso Athayde.
(Foto: Douglas Jacó/CUFA)

E o grande “case” disso é o Mães da Favela que implementamos. E, com essa fórmula, conseguimos impactar positivamente a vida de mais de 5 milhões de brasileiros, que tiveram um tempo de isolamento social menos sofrido e mais digno —e, que quando voltarem os tempos de normalidade, poderão buscar o seu lugar ao sol com mais força e mais afinco.

Com isso, como a pandemia, infelizmente, ainda não acabou, implementamos o Natal da CUFA, que repete a receita da união do poder público com grandes empresas em prol do bem-estar de quem vive na base da pirâmide.

Neste projeto, estamos tendo uma ajuda de grande valia do Fundo Social do Governo de São Paulo, e conseguindo fazer um fim de ano melhor pra muita gente.

Portanto, não existe uma meritocracia correta, que funcione de maneira justa, sem uma geração igualitária de oportunidades.

Não estou dizendo que todos têm de ganhar igual. Claro que quem trabalha mais, se qualificou e se preparou mais, merece uma boa remuneração e um padrão de vida melhor.

Mas só teremos uma sociedade pacífica, onde todos caminham juntos e para frente, quando democratizarmos as riquezas —através da educação, da saúde, da moradia, do trabalho e do empreendedorismo. Se não, vamos todos arcar com as consequências do caos.


Celso Athayde é empresário, autor e ativista social. Fundador da Central Única das Favelas (CUFA), é o atual CEO da Favela Holding, grupo de empresas focadas nas favelas e seus moradores

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