Índice mede a relação das taxas de desemprego e inflação. Brasil é o segundo pior de ranking com 38 países
por Hermínio Bernardo em 21/06/21 16:03
O brasileiro está mais infeliz. Uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas fez essa medição. O índice de infelicidade ou de desconforto faz um paralelo entre as taxas de inflação e de desemprego.
No primeiro trimestre desse ano, o índice ficou em 19,83% – quanto maior for o número, pior é a condição econômica e mais infeliz está a população. O indicador é o mesmo que o registrado no terceiro trimestre de 2016, quando o Brasil enfrentava uma recessão, e é o pior em cinco anos.
O economista Daniel Duque da FGV/IBRE, que fez o levantamento, explicou que a inflação subiu pela alta das commodities e um câmbio desfavorável. Já o desemprego está alto e tende a piorar por causa do descontrole da pandemia e lentidão da vacinação.
“A taxa de câmbio não caiu como costuma acontecer e sempre aconteceu quando a gente teve uma alta das commoditties. O Brasil exporta commoditties, alimentos principalmente, de modo que quando você tem uma alta dos preços das commoditties, você tem uma entrada de dólares muito grande, o que faz com que haja uma queda da taxa de câmbio. Só que dessa vez, isso não aconteceu. A gente teve uma alta acelerada das commodities e o real não apreciou. No caso do desemprego, a gente não tem uma situação da pandemia controlada e a vacinação está bastante lenta”, explicou.
O levantamento também compara o Brasil com outros países. No ranking que considera 38 países da OCDE, o Brasil aparece na segunda pior posição, atrás apenas da Turquia. O índice de felicidade é maior entre os cidadãos de Japão, Suíça e Eslovênia.
Considerando só a inflação, o Brasil é o quinto pior, atrás de Argentina, Turquia, Rússia e Arábia Saudita. No ranking de desemprego, a situação do Brasil é ainda pior, atrás apenas da Espanha.
“Considerando países desenvolvidos, a situação bastante ligada à vacinação porque isso faz com que o emprego seja afetado. Enquanto os outros países estão tendo apreciações cambiais, você vê por exemplo o euro e a libra tendo aumentos em relação ao dólar. O mesmo acontece em outros países em desenvolvimento”, analisa o economista.
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