Ícone buscar Ícone abrir menu

jornalismo independente

Internacional

CENÁRIO ELEITORAL AMERICANO

Análise: O fato de Kamala ser mulher e negra talvez não seja o suficiente para derrotar Trump

Para professor, embora a questão simbólica inerente à campanha da vice-presidente seja um elemento importante, é preciso pensar em outras estratégias para conquistar o eleitorado

por Sofia Pilagallo em 22/07/24 16:11

Professor Carlos Gustavo Poggio fala ao MyNews | Foto: Reprodução/MyNews

O fato de Kamala Harris ser mulher e negra talvez não seja o suficiente para fazê-la derrotar o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump na eleição deste ano, afirmou ao MyNews o professor de relações internacionais Carlos Gustavo Poggio. Ele ressalta que, embora a questão simbólica inerente à campanha de Kamala seja um elemento importante para o Partido Democrata, é preciso pensar em outras estratégias para conquistar o eleitorado. A vice-presidente recebeu o apoio de Joe Biden para substituí-lo na corrida presidencial, após o presidente anunciar, no domingo (21), que desistiu de concorrer à Casa Branca.

“Os EUA elegaram Barack Obama. Hilary Clinton não foi eleita por muito pouco. Isso prova que o país está pronto para colocar na presidência alguém que não seja, necessariamente, um homem branco”, disse Poggio. “Mas há o risco de os democratas baterem muito nessa tecla da questão simbólica e errarem a mão. O eleitor não vota só pela questão simbólica, mas também, e principalmente, pela questão substantiva, em particular a questão econômica.”

Leia mais: Kamala Harris se diz honrada pelo apoio de Biden; leia pronunciamento completo

Segundo o professor de relações internacionais, enquanto Biden é visto como alguém mais experiente dentro do campo democrata, Kamala representa, em alguma medida, “o futuro do partido”, pelo fato de ser uma mulher mais jovem e filha de imigrantes. Ao mesmo tempo, enfrenta problemas de popularidade que precisam ser superados.

Kamala não teve um bom desempenho nas primárias democratas, perdendo em todos os estados. Ela chegou a ser bem avaliada em pesquisas de satisfação, mas por um breve período de tempo. Hoje, 51% dos americanos a desaprovam, enquanto 37% a aprovam, de acordo com um compilado de pesquisas do FiveThirtyEight.

A vice-presidente se define como progressista e é a principal voz do atual governo em defesa do aborto, mas já adotou posturas criticadas pela esquerda. Para alguns, ela, advogada com longa carreira no judiciário, não agiu de forma suficientemente assertiva como procuradora em casos que contribuíram para prisões injustas de réus negros e pobres. Também é mal avaliada pelo campo progressista em relação a seus posicionamentos sobre maconha, pena de morte e a imigração.

Veja desdobramentos da decisão de Joe Biden de abandonar a disputa pela Casa Branca:

últimos vídeos

Inscreva-se no Canal MyNews

Vire membro do site MyNews

Comentários ( 0 )

Comentar

MyNews é um canal de jornalismo independente. Nossa missão é levar informação bem apurada, análise de qualidade e diversidade de opiniões para você tomar a melhor decisão.

Copyright © 2022 – Canal MyNews – Todos os direitos reservados. Desenvolvido por Ideia74

Entre no grupo e fique por dentro das noticias!

Grupo do WhatsApp

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo.

ACEITAR