Um lote anterior, de 6 milhões de doses, já havia recebido autorização para uso emergencial no Brasil no último domingo
por Rodrigo Borges Delfim em 22/01/21 16:42
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu, por unanimidade, liberar o pedido do Instituto Butantan, de São Paulo, para uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da Coronavac. A vacina é desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac e já está sendo empregada no Plano Nacional de Imunização no Brasil.
A decisão foi tomada durante reunião da Anvisa, que foi transmitida ao vivo por meio do canal da agência no YouTube. O novo pedido inclui as 4,8 milhões de doses da vacina que foram produzidas já em solo brasileiro, além da permissão para a produção de outras 35 milhões pelo Instituto Butantan.
Um lote anterior, de 6 milhões de doses, já havia recebido autorização da Anvisa para uso emergencial no Brasil no último domingo (17), ao lado da vacina de Oxford/AstraZeneca – que conta com a Fiocruz como parceira e futura produtora no país. Os imunizantes liberados, no entanto, tinham sido importados já prontos da China.
A decisão da Anvisa que libera o novo lote de vacinas da Coronavac chega em um momento no qual a pandemia de Covid-19 volta a ganhar força no Brasil.
O aumento de casos no estado de São Paulo, por exemplo, levou o governador João Doria (PSDB) a determinar a reclassificação das regiões paulistas para fases mais restritivas. Além disso, também estipulou a fase vermelha – a mais – para todo o estado aos fins de semana e feriados, além de dias úteis após as 20 horas. A medida passa a valer a partir da próxima segunda-feira (25).
Também servem de empecilho para a questão da Covid-19 a série de embates políticos e diplomáticos criados em torno da vacina.
A produção no Butantan encontra-se paralisada desde domingo (17) em razão da falta de insumos para o imunizante. O material é importado da China e aguarda liberação do governo do país asiático para embarcar para o Brasil.
A reação chinesa é apontada como uma retaliação ao Brasil em razão de uma série de críticas e ofensas que partem de integrantes do governo de Jair Bolsonaro e de filhos do presidente.
Nesta semana, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que “a China não tem dado celeridade aos documentos de exportação necessários para que o IFA saia e venha para o Brasil”, e completou: “Estamos fazendo movimentos fortes no nível diplomático para encontrar onde está essa resistência e resolver o problema”.
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