Em seus primeiros atos de governo, Biden revogou uma série de ações de seu antecessor, Donald Trump
por Rodrigo Borges Delfim em 21/01/21 19:57
Duas semanas após o Capitólio ser invadido em uma tentativa de barrar a confirmação da vitória de Joe Biden na eleição de novembro passado, o local foi palco da posse do democrata nesta quarta-feira (20) como o 46º presidente dos Estados Unidos.
O evento contou com forte esquema de segurança, composto por 25 mil homens da Guarda Nacional, mobilizados para evitar incidentes como os de 6 de janeiro. No lugar do público, vetado em razão da pandemia, foram colocadas 200 mil bandeiras no gramado em frente ao Congresso dos EUA.
Entre as poucas pessoas autorizadas a participar da cerimônia estiveram todos os ex-presidentes ainda vivos. As exceções foram Jimmy Carter, em razão da idade avançada, e o próprio Trump. O republicano, aliás, quebrou uma tradição e se tornou o primeiro presidente em 152 anos a não acompanhar a cerimônia de posse de seu sucessor.
Em seus primeiros atos de governo, Biden revogou uma série de ações de seu antecessor, Donald Trump. Algumas delas foram antecipadas antes mesmo do democrata entrar oficialmente na Casa Branca como presidente. Veja abaixo as principais:
O economista Otaviano Canuto, membro sênior do Policy Center for the New South e ex-diretor-executivo e ex-vice presidente do Banco Mundial, enxerga em Biden o início de um novo governo pela aprovação de medidas robustas na economia, logo nos primeiros dois anos de gestão. Ele se refere à criação de um novo pacote de estímulos à economia, da ordem de US$ 1,9 trilhão
“É marcante a preocupação de Biden de começar a mil“, avalia.
No entanto, Canuto vê nesse ritmo acelerado como o fato de Biden ter diante si uma “corrida contra o tempo”. Isso porque além da crise econômica há o desafio de controlar a pandemia do novo coronavírus. Com 408 mil mortos, os Estados Unidos são os país mais afetado pelo vírus no mundo, já superando as baixas que o país teve na Segunda Guerra Mundial (405.399).
“Sem combater o vírus, você não tem a recuperação dos serviços e a economia também não decola. O último trimestre do ano passado já mostrou isso”.
A boa impressão sobre Biden e a pressa em implementar medidas também é destacada por Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.
“Biden tem uma pressa, especialmente por conta da pandemia, de resolver pendências que podem ser sanadas por meio de decretos e focar nos próximos dias em medidas relacionadas à economia e ao combate à pandemia”, observou. “Biden dá um sinal positivo de que ele vai de fato tentar colocar e buscar o que ele acha mais relevante para economia americana, que é resolver a questão das vacinas o mais rápido possível e retomar a atividade americana”, complementou.
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