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Combate à pandemia

Ministério da Saúde diz que plano de vacinação nacional começa ainda em janeiro

Ministro da pasta apresentou MP capaz de instituir “Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação”

por Vitor Hugo Gonçalves em 07/01/21 15:55

Em rede nacional de rádio e televisão, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na quarta-feira (6) que o plano de vacinação contra a Covid-19 no Brasil começará ainda em janeiro, e que o país será responsável pela exportação de imunizantes para nações da América Latina.

No final de 2020, o Ministério da Saúde declarou que a vacinação no país deveria começar entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro. No entanto, condicionou tal previsão ao registro das vacinas pelos seus fabricantes junto à Anvisa.

De acordo com o pronunciamento, o Brasil “já tem disponíveis cerca de 60 milhões de seringas e agulhas nos estados e municípios”, que devem receber a vacina “de forma simultânea, igualitária e proporcional à população”. O general informou ainda que “no que depender do Ministério da Saúde e do presidente da República, a vacina será gratuita e não obrigatória”.

A fala de Pazuello contrasta com a situação relatada pelos fabricantes nacionais de seringas e agulhas, que reclamam desde meados de 2020 da falta de uma encomenda centralizada do insumo por parte do governo federal.

Além disso, o edital da pasta aquisição das seringas, feito no último dia 29, obteve apenas 7,9 milhões das 331 milhões de unidades almejadas – ou seja, 2,4% do total. O motivo alegado pelos fabricantes é que o preço estipulado pelo governo estava muito abaixo do esperado, o que afastou interessados no edital.

Em sua fala, o ministro certificou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ratificou uma medida provisória de magnitude “excepcional”, capaz de regulamentar a compra de vacinas, insumos e serviços de logística voltados para o programa de imunização.

Necessitando da aprovação pelo Congresso para virar lei em definitivo, a MP citada por Pazuello foi publicada em edição complementar do Diário Oficial da União desta quarta.

A medida, entre outros pontos, prevê a possibilidade do poder público em firmar contratos sem licitações para a compra de vacinas e insumos – “inclusive antes do registro sanitário ou da autorização temporária de uso emergencial” –, além da contratação de bens e serviços de logística, tecnologia da informação, meios de comunicação, treinamentos e qualquer outra atividade necessária à implementação do plano antiviral.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (Ministério da Saúde)
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
(Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

O ato concede também, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o poder de autorizar, de modo “excepcional e temporário”, a importação e distribuição de qualquer imunizante habilitado pelas agências Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos; European Medicines Agency (EMA), da União Europeia; Pharmaceuticals and Medical Devices Agency (PMDA), do Japão; National Medical Products Administration (NMPA), da China; Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA), do Reino Unido.

O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação, conforme indica o texto da medida, coordenado pelo Ministério da Saúde, “somente ocorrerá após a autorização temporária de uso emergencial ou o registro de vacinas concedidos pela Anvisa”.

Politização da vacina

Antes do pronunciamento oficial, Pazuello detalhou, em reunião ministerial no Palácio do Planalto, as etapas que irão compor o plano de vacinação nacional.

Após transcorrer sobre o panorama das negociações, o ministro afirmou que a imunização deve ocorrer estritamente antes do dia 25 de janeiro, dia estabelecido pelo governador João Doria (PSDB) para o início da vacinação em São Paulo – Bolsonaro, assim, ‘venceria’ a corrida contra seu adversário político.

Outras unidades federativas, como Espírito Santo e Paraná, que também possuem um planejamento de vacinação mais concreto, deverão seguir o plano nacional, tendo em vista o prazo mais breve consolidado pela pasta da Saúde.

De acordo com relato de participantes da reunião, o general comunicou que, iniciada a aplicação das vacinas, o Brasil poderá imunizar a população em um ritmo apressado, superando nações que já começaram o procedimento em escala nacional.

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