Pandemia: levantamento aponta que 57,4% dos municípios consultados já estão vacinando faixa entre 18 e 24 anos

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou nesta sexta-feira (20) a 22ª edição da pesquisa que busca traçar um panorama sobre o enfrentamento da pandemia de covid-19 no Brasil. Dos 1.896 municípios consultados entre os dias 16 e 19 de agosto, 1.100 deles – totalizando 57,4% -, afirmaram já estar vacinando jovens da faixa etária entre 18 e 24 anos. E pelo menos 62 (3,3%) já aplicam a vacina em adolescentes acima de 12 anos sem comorbidades. 

O levantamento também apontou que cerca de 60,3%, ou 1.144 gestores locais, não registraram morte pela doença nesta última semana (16 a 19 de agosto). 

Outro dado revelado que chama a atenção é o fato de somente um município dos consultados ainda estar imunizando pessoas acima de 50 anos – sinal de avanço da vacinação, avalia a entidade. Mas mesmo com esta evolução na aplicação de doses, a falta dos imunizantes ainda foi registrada por 17,5%, ou 332 dos municípios. Desses, 80% afirmaram não conseguir aplicar a primeira dose e 39% registraram a falta de imunizantes para aplicar a segunda dose da vacina contra a covid-19.

“Passaporte da vacina”

A Confederação Nacional dos Municípios também questionou os gestores se eles concordam em condicionar o acesso a espaços públicos e coletivos – como estádios, supermercados e shopping -, à comprovação da vacinação contra a covid-19. Mais de 55% – totalizando 1.046 localidades -, afirmaram que o município pretende fazer essa exigência. Outros 35% afirmaram que não, e 9,9% não responderam. Dos que responderam que concordam, 16,5% afirmaram que já estão adotando essas medidas, enquanto 83% ainda não. Medidas restritivas de circulação de pessoas ou atividades econômicas ainda estão sendo adotadas por 53% gestores locais. 

Casos e nova variante da pandemia

Os registros de mortes vêm caindo semana a semana, e nesta edição da pesquisa a CNM detectou que as mortes diminuíram em 10%, ou em 189 municípios; se mantiveram estáveis em 16% (303 localidades), e em apenas em 6,3% das localidades (120) houve o registro de aumento no número de óbitos por coronavírus. 

Quanto ao levantamento de novos casos confirmados de covid-19, a pesquisa aponta que em 31,5% dos municípios (598) eles se apresentam como estáveis; diminuíram em 30,7% dos municípios (582), e aumentaram em 16,4% das cidades (310). Não ocorreram novos casos de covid-19 em 14,1%, ou 267 administrações municipais. 

Quanto à variante Delta, a nova cepa ainda não foi identificada em 84,8% das cidades (1.608). 

O levantamento completo da 22ª edição da pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios pode ser conferido em https://bit.ly/3gj4ccm.

Pesquisa CNM

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) realiza desde março deste ano pesquisas junto aos prefeitos para acompanhar os temas e os assuntos que mais preocupam os gestores em relação ao enfrentamento da pandemia. O objetivo é informar a sociedade sobre o que está acontecendo no Brasil no que se refere à covid-19.

As pesquisas são realizadas pela própria CNM, por meio de seu call center, que possui contato com os gestores municipais de todo o país. Dessa forma, os resultados apresentados podem se constituir em um bom cenário da situação em todas as regiões do país.

Para essa 22ª edição, foram escolhidos temas que estavam em evidência na respectiva semana: I – medidas de restrição; II – falta de vacinas; III – distribuição e aplicação dos imunizantes; IV – aumento de casos de infectados e óbitos pela covid-19; V – avanço da vacinação por faixa etária; VI – retomada das aulas presenciais; VII – recursos para obras emergenciais; e VIII – isenções de taxas para obras.

A CNM é uma organização independente, apartidária e sem fins lucrativos, fundada em 8 de fevereiro de 1980.

O objetivo maior da entidade é consolidar o movimento municipalista, fortalecer a autonomia dos municípios e transformar a CNM em referência mundial na representação municipal, a partir de iniciativas políticas e técnicas que visem à excelência na gestão e à qualidade de vida da população.