Pesquisa feita na Escócia indica uma queda média de 89,5% dos quadros graves. Estudo considerou doses de Oxford e Pfizer
por Vitor Hugo Gonçalves em 22/02/21 18:18
Um estudo preliminar conduzido na Escócia, divulgado nesta segunda-feira (22), apontou que as pessoas que receberam a primeira dose das vacinas de Oxford/AstraZeneca ou da Pfizer/BioNTech apresentaram, respectivamente, risco de internação por covid-10 reduzido em 94% e 85%. A diminuição foi verificada entre 28 e 34 dias após a imunização.
A queda média de 89,5% dos quadros considerados graves ainda não foi validada por outros cientistas, mas análises prévias realizadas em outros países também indicam uma efetividade exponencial dos antivirais aplicados.
De acordo com os pesquisadores escoceses, a observação registrou que, entre os pacientes com 80 anos de idade ou mais, a vacinação está diretamente relacionada à redução de 81% nas chances reais de hospitalização pela doença, em comparação com o mesmo período após o recebimento da primeira dose.
“Estes resultados são muito animadores e nos deram muitas razões para ser otimistas com o futuro”, afirmou Aziz Sheikh, professor titular da Universidade de Edimburgo e um dos coordenadores do estudo.
Devido às diferenças entre os índices apresentados pelas duas vacinas, os pesquisadores alertaram que não se pode fazer uma comparação entre elas.
Entre oito de dezembro e 15 de fevereiro, cientistas de cinco universidades escocesas e do sistema público de saúde do país analisaram dados coletados de todos os 5,4 milhões de cidadãos da Escócia. Durante o período de avaliação, 1,14 milhões de doses foram aplicadas – 21% da população recebeu a primeira dose; 650 mil da Pfizer e 490 mil de Oxford.
Sheikh alertou que os resultados são preliminares, necessitando aprovação de cientistas independentes. Entretanto, mesmo com a necessidade de confirmação por terceiros, o cientista se diz “muito esperançoso”, e completou: “Agora temos indícios nacionais de que a vacinação oferece proteção contra hospitalizações por Covid-19″.
Contudo, o estudo ressalta haver, depois de quatro semanas, uma diminuição na redução de hospitalizações, entre vacinados e não vacinados. A partir de 42 dias ou mais depois da primeira dose, por exemplo, a queda nas internações entre o grupo imunizado e não imunizado foi de 64%.
Os pesquisadores destacaram que ainda é cedo para saber se a proteção oferecida após uma única dose diminuía depois de um mês.
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