Primeira verificação não identificou danos provocados pelos hackers. Governo acionou Polícia Federal e ainda avalia prejuízos
por Vitor Hugo Gonçalves em 16/08/21 19:52
O Ministério da Economia identificou, na noite da última sexta-feira (13), um ataque de hacker à rede interna da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Em nota oficial, a pasta informou que “medidas de contenção foram imediatamente aplicadas e a Polícia Federal, acionada”.
O ataque foi praticado pela implementação de um “ransomware” no sistema, um tipo de programa malicioso utilizado por cibercriminosos para infectar um computar ou uma rede, sequestrando o acesso às plataformas e aos dados criptografados.
Os prejuízos da ação estão sendo avaliados por especialistas em segurança da STN e da Secretaria de Governo Digital.
De acordo com o informe publicado, na primeira etapa de verificação “avaliou-se que a ação não gerou danos aos sistemas estruturantes da Secretaria do Tesouro Nacional, como o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e os relacionados à Dívida Pública. As medidas saneadoras estão sendo tomadas”.
O Ministério da Economia informou ainda novos detalhes “serão divulgados tempestivamente e com a devida transparência”.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também foi alvo de uma operação hacker, em novembro de 2020 – na ocasião, os invasores bloquearam a base de dados dos processos. Peritos diagnosticaram o caso como, até então, “o mais grave ataque cibernético em órgãos públicos brasileiros”.
Após o ataque, o acesso do Tribunal à internet foi cortado, fato que ocasionou o cancelamento das sessões de julgamento e impossibilitou o funcionamento, mesmo que básico, dos sistemas de informática e de telefonia do STJ.
No mesmo mês, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul também sofreu uma invasão nos sistemas de informação.
As ações levaram o ministro Luiz Fux, presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a instaurar um comitê para alterar e requalificar a política de segurança digital que opera no Judiciário.
Em junho deste ano, a PF prendeu dois suspeitos de comandarem ataques cibernéticos à rede do Supremo Tribunal Federal (STF). Em janeiro, a ONG Repórter Brasil também foi vítima desse tipo de ação.
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