Fundo Schroder High Grade tem se destacado com quase 9% de rentabilidade nos últimos 12 meses
por Daniel Palaia em 30/08/21 18:54
A indústria de crédito passa por um momento bastante especial. O cenário foi mudando ao longo dos últimos meses com o aumento da taxa básica de juros, atualmente em 5,25% ao ano, trazendo de volta o interesse dos investidores pela classe de ativo. Fundos de crédito tradicionais seguem com uma rentabilidade nominal bastante atrativa, com base na alta da Selic e redução progressiva dos spreads de crédito cuja média está ao redor de CDI+1,8%. A redução nos spreads ocorre em função do movimento de captação bastante expressiva na indústria de fundos de crédito ao longo dos últimos 6 meses principalmente. O Patrimônio dos fundos que alocam mais de 5% da sua carteira em crédito passou de 1,68 trilhões de reais para R$ 1,8 trilhões, voltando ao patamar pré-covid.
É o que observamos no fundo Schroder High Grade, que tem tido resultados bastante positivos e se destacado como um dos melhores fundos de crédito do Brasil. Em especial nos últimos 12 meses, quando a indústria de crédito começou a se recuperar de um momento mais crítico no início da pandemia, registramos rentabilidade para o cotista do fundo de 325,2% do CDI, o que representa 8,52% no período. No acumulado de 2021, o resultado foi de uma rentabilidade de 303,8% do CDI (6% de rentabilidade nominal).
Quando comparamos a rentabilidade desse fundo com outras classes de títulos, como o Ibovespa, performance de fundos multimercados, títulos pré-fixados e outras classes de ativos nos últimos 12 meses e no acumulado de 2021, o fundo tem se destacado com uma performance superior somado a um maior índice de Sharpe.
Além do mercado aquecido, como estratégia mantivemos a carteira pulverizada com mais de 40 emissores, tendo maior concentração nos papéis com melhor rating. Temos uma estratégia de gestão bastante rigorosa, tanto no mercado de crédito primário como no secundário. Fazemos um filtro bastante rígido de forma qualitativa e quantitativa, que passa por algumas fases como análise do ativo, das taxas pagas pelos papéis, notícias, balanço, questões relacionadas ao ESG. Por fim, há uma última análise de nosso comitê com membros do Brasil, NY e Londres, o que permite uma troca bastante rica e bem estruturada, com um olhar para o cenário global e local de crédito.
A estrutura de uma equipe multidisciplinar e multinacional permite à Schroders ter as mais rigorosas estratégias de gestão no momento de decidir por um investimento. Isso é possível pelo histórico e expertise de mais de 200 anos de mercado da asset, que conta com equipe global em mais de 35 países e administra US$ 785.1 bilhões. No Brasil, segundo o Ranking Anbima, de maio deste ano, a Schroders está entre os 20 maiores gestores de recursos independentes do país com mais de R$ 27,7 bilhões sob gestão. Em renda fixa, multimercado e investimentos no exterior, administra R$ 3 bilhões. Além disso, em Renda Variável é considerada a 5a maior gestora, com mais de R$ 24,6 bilhões investidos na B3.
Vale destacar que acreditamos que os fundos de crédito, de forma geral, vão continuar tendo um fluxo bastante positivo em função da alta da Selic. A reforma tributária, além da própria Selic, deve ser um novo catalisador de aumento de fluxo para fundos de crédito. Diante deste cenário, o fundo Schroder High Grade deve manter alocação em papéis de qualidade que acreditamos que terão forte fechamento de spreads à medida que a pandemia comece a se aproximar do fim.
Daniel Palaia é diretor de fundos de crédito da Schroders.
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