Alta da inflação para classes mais pobres foi impulsionada principalmente pelo grupo de alimentação
por Luciana Tortorello em 17/09/21 20:01
A inflação alta afeta todos os bolsos, mas as classes mais baixas acabam sempre sofrendo mais. É isso que mostra o indicador de inflação por faixa de renda, estudo mensal feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No acumulado de 12 meses, a inflação da população de renda muito baixa até média-baixa chega a dois dígitos.
Mesmo com uma leve desaceleração em relação ao mês de julho, o aumento ainda se mostra acentuado. Em julho, a inflação para essa faixa de renda mais baixa teve aumento de 1,12%, diante de 0,93% em agosto. Já para as classes mais altas, o índice em julho era se 0,88% e em agosto diminuiu para 0,78%
A distância se mostra maior quando levamos em conta o acumulado dos últimos 12 meses. Para as famílias que se encaixam na faixa de renda muito baixa, a inflação chegou a 10,63%. Já para a faixa de renda alta, a inflação fica em 8,04%.
Segundo o Ipea, o grupo de alimentação foi o que mais pesou para as faixas de renda mais baixa, junto com itens básicos como a energia elétrica e o botijão de gás, que tiveram altas relevantes nos últimos meses. Nas faixas de renda com ganhos superiores, o maior impacto veio do grupo de transportes.
Para fazer os cálculos de acordo com cada faixa de renda, o Ipea usa o modelo do IBGE, que considera a família que vive com até R$ 1.808,79 como família de renda muito baixa. A renda baixa vai de R$ 1.808,79 a R$ 2.702,88. As famílias de renda alta, que tiveram a menor inflação nas faixas de renda, são os que vivem com mais de R$ 17.764,49.
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