Brasil

ABIN PARALELA

Ramagem mal aparece em gravação porque sabia do tom ‘pouco republicano’ da reunião, diz jornalista

Para Fábio Matos, ex-diretor da Abin queria se resguardar porque sabia da ilegalidade de conversa em que se discutiu medidas para proteger Flávio Bolsonaro

por Camilla Lucena* em 17/07/24 17:42

Fábio Matos diz que Ramagem foi cauteloso porque queria se proteger | Foto: Reprodução/MyNews

A voz do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem (PL) mal aparece na conversa gravada entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Augusto Heleno e advogadas do senador Flávio Bolsonaro, porque ele sabia do tom “pouco republicano” da reunião e queria se proteger. Foi o que disse o jornalista especializado em política Fábio Matos ao Segunda Chamada de terça-feira (16). Para ele, o atual deputado federal agiu com cautela, mas todos sabiam que “estavam fazendo algo errado”.

De acordo com a Polícia Federal (PF), a reunião, que ocorreu em 2020, foi gravada por Ramagem sem o conhecimento dos demais participantes. Segundo a corporação, o objetivo do encontro era debater medidas para proteger o filho do ex-presidente no caso das “rachadinhas”.

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“É uma conversa que tem todos os indícios […] de uso de órgãos do aparato estatal para interesses privados”, afirmou Fábio Matos. “É uma suposta tentativa de blindagem do senador Flávio Bolsonaro utilizando a Agência Brasileira de Inteligência.”

O áudio foi encontrado durante a operação sobre a “Abin Paralela”, que investiga o uso do órgão para espionar opositores do governo Bolsonaro. Na última quinta-feira (11), o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou o sigilo da gravação, pois entendeu que a divulgação parcial do conteúdo teria “potencial de geração de inúmeras notícias incompletas ou fraudulentas”.

Leia mais: Ramagem diz que tinha aval de Bolsonaro para realizar gravação

Após a repercussão, o ex-diretor da Abin se pronunciou nas redes sociais, alegando que Bolsonaro sabia da gravação e que o objetivo era registrar um suposto crime contra o ex-presidente. Na visão de Fábio Matos, a situação pode comprometer a pré-candidatura de Ramagem à Prefeitura do Rio de Janeiro.

Veja a análise completa:

*Sob supervisão de Sofia Pilagallo

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