Como o Judiciário pode agir contra os ataques bolsonaristas Judiciário

Como o Judiciário pode agir contra os ataques bolsonaristas


O alvo preferencial dos bolsonaristas tem sido o judiciário. Numa entrevista ao MyNews a juíza Renata Gil diz como o Judiciário pode agir contra esses ataques. Ela alerta: o Judiciário não está inerte.

Renata é presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e diz que se preocupa quando vê um ministro do Supremo ser atacado por suas decisões judiciais. Quando questionada se o poder Judiciário não estaria inerte diante desta escalada da violência ela é enfática: “O poder judiciário é um poder inerte. Ele só pode atuar quando alguém chega com um pedido para ele”, explica.

O que ela diz é que no cenário eleitoral atual o que se vê é que as pessoas têm preferido aguardar a entrar com as ações judiciais e pedir esta intervenção judicial. “Nesse cenário eleitoral acho que as pessoas estão com um pouco de receio da reação da sociedade”, diz ela. “Especialmente da reação das redes sociais e desse meio digital”.

Renata chama atenção para o nível de aceitação da sociedade para a escalada de ataques, como o do vídeo do pastor. “Não é aceitável que alguém admita derrubar a democracia”. No vídeo o pastor diz que os muros do Judiciário devem ser derrubados. E vai além. Pede a morte de juízes com requentes de tortura.

POLITIZAÇÃO DO JUDICIÁRIO

A audiência do canal participou da live e enviou perguntas à juíza. Uma delas fez referência à politização do Judiciário. A ida do ex-juiz Sergio Moro para o governo Bolsonaro foi apontada como exemplo desta politização.

Ela reconheceu que por causa do movimento do ex-juiz Moro a questão de atuação jurisdicional tenha sido maculada. Afinal ele havia acabado de julgar uma das ações mais importantes do País que impediu o ex-presidente Lula de concorrer às eleições de 2018. Mas, disse Renata: “A melhor resposta para saber se a sociedade aceita ou não isso é a urna”.

Abaixo a íntegra da entrevista da juíza Renata Gentil.

 

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