Senadores não podem fazer sessão, ouvir depoimentos ou apresentar requerimentos. Eles, no entanto, analisam documentos já recebidos
por Hermínio Bernardo em 18/07/21 11:57
O recesso parlamentar começa neste domingo (18) e vai até o dia 31 de julho. No período as comissões não funcionam, incluindo a CPI da Pandemia. Os senadores da comissão aproveitarão o período para analisar os documentos já recebidos pela CPI e se aprofundar nas investigações.
O presidente da CPI, Omar Aziz, chegou a defender que o recesso fosse suspenso para que os trabalhos da comissão pudessem continuar, mas o pedido não foi atendido.
Nessas duas semanas, os senadores não podem convocar sessão para ouvir depoentes, votar quebras de sigilo ou apresentar requerimentos.
O retorno das sessões da CPI está marcado para o dia 3 de agosto. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, disse na última sessão que a volta dos trabalhos deve ter o depoimento do presidente da Precisa, Francisco Maximiano. A empresa intermediou o contrato do governo federal para a compra de doses da vacina indiana covaxin.
As suspeitas de irregularidades foram levadas pelo deputado Luis Miranda e o irmão dele, servidor do Ministério da Saúde, ao presidente Jair Bolsonaro. A investigação apura se o presidente cometeu o crime de prevaricação, já que ele não teria tomado nenhuma medida diante da denúncia. De acordo com os irmãos, Bolsonaro citou o deputado e líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, ao ouvir as suspeitas.
A CPI deveria terminar em agosto, mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) leu o requerimento que prorroga os trabalhos da comissão por mais 90 dias. Portanto, a CPI vai continuar até outubro.
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