Pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Ipec mostra ainda uma estabilidade nas intenções de voto para presidente em 2022, em comparação a junho
por Sara Goldschmidt em 23/09/21 11:06
O Instituto de Pesquisas Cananéia, o Ipec, divulgou nesta quarta-feira (22) uma pesquisa de avaliação do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), e sobre possíveis cenários para as eleições de 2022 à presidência da República. A desaprovação do atual chefe do Executivo saltou 10 pontos percentuais ao longo do ano, alcançando 68%. Em fevereiro, 58% dos entrevistados pelo Ipec não aprovavam o governo federal, passando para 66% em junho.
Sobre a gestão do presidente Jair Bolsonaro, 53% dos eleitores classificam como ruim ou péssima, o que representa um crescimento de quatro pontos percentuais quando comparado ao levantamento de junho (49%), e 14 pontos percentuais em relação a fevereiro (39%). Os que consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom somam 22% – eram 24% em junho e 28% em fevereiro. A avaliação regular é de 23%, ante 26% e 28% em junho e fevereiro respectivamente.
Em relação ao índice de confiança no presidente, 69% afirmam que não confiam em Bolsonaro – na pesquisa de julho, o índice era de 68%, e na de fevereiro, de 61%. Apenas 28% dos entrevistados aprovam a gestão do atual chefe do Executivo – em fevereiro, o percentual era de 38%.
O instituto ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 16 e 20 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral.
O Instituto também projetou dois cenários para as eleições à presidência em 2022, e em ambos, o ex-presidente Lula (PT) tem mais intenções de voto do que todos os outros possíveis candidatos somados. No primeiro deles, Lula ficou com 48%, e somente 23% das pessoas ouvidas afirmam que votariam em Bolsonaro. Ciro Gomes (PDT) somou 8%, e João Doria (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) ficaram com 3%. Votos brancos ou nulos somam 10%, e não sabe ou não respondeu, 4%.
Em um segundo cenário, com mais candidatos, Lula fica com 45% das intenções de voto, Bolsonaro com 22%, Ciro Gomes com 6%, o ex-juiz Sérgio Moro com 5%, o apresentador José Luiz Datena (PSL) com 3%, João Doria, 2%, Mandetta e Rodrigo Pacheco (DEM) com 1%, e Alessandro Vieira (Cidadania) e Simone Tebet (MDB) não pontuaram. Brancos e nulos somam 9%, e não sabe ou não respondeu, 5%.
Segundo o Ipec, as intenções de voto no ex-presidente Lula são mais expressivas entre:
O Instituto diz ainda que as intenções de voto em Lula são maiores quanto menor a renda familiar mensal: varia de 29% entre quem tem renda familiar mensal acima de 5 salários mínimos para 59% entre quem tem renda familiar até 1 salário mínimo.
O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, tem maiores intenções de voto entre:
De acordo com o Ipec, as menções ao presidente aumentam quanto maior a renda familiar mensal do entrevistado, passando de 16% entre quem tem renda até 1 salário mínimo para 40% entre quem tem renda acima de 5 salários mínimos.
Ciro Gomes tem a preferência dos eleitores com ensino superior (13%). Os demais candidatos apresentam intenções de voto distribuídas de maneira homogênea nos segmentos analisados.
*com informações do G1
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