As mensagens do celular do policial militar Luiz Paulo Dominguetti mostram como um grupo tentava vender supostas vacinas ao governo federal. O celular dele foi apreendido pela CPI da Pandemia após Dominguetti dar um depoimento confuso, cair em contradições e apresentar um áudio fora de contexto do deputado Luis Miranda (DEM-DF).
Senadores chegaram a questionar se o depoimento teria sido plantado para atrapalhar os trabalhos e alguns até pediram a prisão de Dominguetti, o que não aconteceu.
A CPI decidiu nesta terça-feira (6) retirar o sigilo do celular. Nas mensagens que foram divulgadas pela revista Veja, Dominguetti comemora enquanto negocia as vacinas com o governo federal.
“Bora reservar o jaguar e uma casa em Brasília. kkkkk…”, escreve Dominguetti para uma pessoa identificada como “Amauri Vacinas Embaixada”. Amauri responde “Já te falei que não quer Jaguar” e envia uma foto de outro carro de luxo.
Em outra conversa com uma pessoa identificada como “Andrei Compra Vacina”, Dominguetti escreve: “Últimos dias de pobre! kkk”.
Nas mensagens que troca com o CEO da Davati, Cristiano Carvalho, Dominguetti mostra que teria recebido informações privilegiadas sobre a negociação de vacinas diretamente do gabinete do presidente da República. Na sequência, Dominguetti diz a Cristiano que está tentando um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Estão viabilizando sua agenda com o presidente”, afirma.