Mercado deve seguir cobrando do governo federal respostas fiscais à altura da atual crise
por Rodrigo Borges Delfim em 17/12/20 09:37
Afetado pela pandemia, o ano de 2020 caminha para seu final no Brasil com pautas econômicas e fiscais ainda pendentes. O cenário, no entanto, se desenha
Foi somente na quarta-feira (16) que o Congresso Nacional aprovou a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) – o ritmo normal dessa lei é de apreciação pelos parlamentares até julho.
Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, a aprovação da LDO era aguardada pelo mercado, apesar dos atrasos. Para 2021, ele crê que o mercado fará uma cobrança mais incisiva quanto às pautas econômicas travadas no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto
“Quando chegar em 2021, o mercado vai demandar do governo uma resposta fiscal à altura da crise que estamos passando agora”, disse ele ao Morning Call desta quinta-feira (17).
No entanto, o próprio economista vê pouco espaço para que tais reformas avancem em um curto prazo, em razão dos efeitos da pandemia ainda a serem sentidos no começo de 2021 e no desejo do atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), de disputar a reeleição em 2022.
“Estamos entrando num terceiro mandato presidencial, com a pandemia às voltas e com fragilidades políticas de um presidente que está olhando para a reeleição em seu quarto ano de mandato. [Bolsonaro] Não vai fazer grandes reformas que demandam mudanças, por exemplo, no funcionalismo público da ativa. Isso deve ficar só para 2023”.
Segundo Vale, esses fatores criam um cenário de incerteza que deve perdurar pelos próximos anos.
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