“O problema é que agora o menos pior está muito próximo do pior, quase não tem diferença”, afirmou em participação no Segunda Chamada
por Ítalo Lo Re em 11/05/21 12:14
Um dos candidatos à presidência em 2018, o empresário e cofundador do Partido Novo João Amoêdo diz que ainda é difícil saber em quem votaria em um eventual segundo turno que contraponha o ex-presidente Lula (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (sem partido). O cenário é tido como um dos mais prováveis para as eleições de 2022, apontam pesquisas recentes.
“O problema é que agora o menos pior está muito próximo do pior, quase não tem diferença. Então, eu vou trabalhar para que não tenha essa opção. É difícil saber em qual dos dois votar. Eu prefiro usar esse um ano e meio que resta para a gente ver se vem com alguma coisa distinta”, afirmou em resposta à jornalista Cecília Olliveira no Segunda Chamada de ontem (10).
Apresentado por Antonio Tabet, o programa também contou com as participações da diretora de redação do Metrópoles, Lilian Tahan, e da diretora do Instituto Igarapé, Ilona Szabó.
Para Amoêdo, declarar o voto agora significa aceitar as soluções que estão sendo postas para o Brasil: “Foi esse o discurso lá atrás: para tirar o PT, eu voto no Bolsonaro. E a gente não pode cair nessa mesma armadilha”.
O empresário ressaltou ainda que se abster dessa decisão também não é uma via confortável. “Não votar, também anular o voto, ou viajar… Eu me sinto um pouco sendo ausente do processo. Quer dizer, deixando de assumir a minha responsabilidade como cidadão. Não é uma solução que também vai agradar”, explica.
Em 31 de março, seis dos pré-candidatos à presidência divulgaram um manifesto dizendo que a democracia está ameaçada e que é necessário “defender o Brasil”. Além de João Amoêdo (Novo), assinaram o texto Ciro Gomes (PDT), Eduardo Leite (PSDB), João Doria (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Luciano Huck (sem partido). A aproximação desses nomes é vista como um passo inicial de uma possível parceria para 2022.
“Essa união de alguns grupos não vai acontecer agora, mas eu acho que ela necessariamente tem que acontecer antes do primeiro turno. Eu também acredito num cenário, vamos dizer, que a disputa da semi-final é com o Bolsonaro. A final será com o Lula”, destaca Amoêdo, que recentemente se reuniu inclusive com o ex-juiz Sergio Moro e com o comediante Danilo Gentili.
“É um processo difícil porque tem as agendas partidárias, tem os interesses de cada um, tem seus próprios desejos, tem os partidos, que também têm influência… Mas acho que a gente tem que tentar”, destacou Amoêdo. Segundo ele, o grupo de WhatsApp dos presidenciáveis permanece, ainda que no momento esteja “muito pouco ativo”.
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