Candidata à vice-presidente na chapa de Simone Tebet (MDB) foi primeira brasileira a representar o país no Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU
por Igor Zahir em 16/09/22 15:29
É indiscutível que Mara Gabrilli ocupa um lugar histórico na política nacional. Referência na luta pela inclusão, a senadora, que foi a primeira brasileira a representar o país no Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, agora faz uma campanha incansável como candidata à vice-presidente da República na chapa de Simone Tebet (MDB).
Mara participou do Café do MyNews desta sexta-feira (16) com Mara Luquet e a também jornalista Rosiene Carvalho, comentarista de política da rádio BandNews FM de Manaus. Na pauta, a bandeira que ela defende desde que um acidente de carro lhe deixou tetraplégica, em 1994. “Quando a gente fala em inclusão, não é apenas de pessoas com deficiência. A gente está falando também da população negra, dos indígenas e dos povos originários. Da comunidade LGBTQIA+, de obesos, idosos, de refugiados e imigrantes. Toda essa diversidade brasileira, que é a matéria-prima mais valiosa que temos no país. Então a inclusão é uma política transversal. Não dá pra falar de inclusão sem falar de economia, educação, saúde, transporte, esporte, cultura, infraestrutura, ciência e tecnologia”, afirmou a senadora.
Bom para todos
“Se a cidade é boa pra quem tem deficiência, se é circulável em meios de transporte, se tem uma infraestrutura legal, é muito melhor pra todo mundo. O que falta é falar de gente. Porque vai chegar uma hora em que vamos ouvir e enxergar menos, teremos mobilidade reduzida. Vamos raciocinar de forma mais lenta, aí vamos nos dar conta da importância de todos esses recursos de acessibilidade. Porque, como idosos, também vamos precisar”, acrescentou a psicóloga de formação, fundadora do Instituto que leva seu nome.
Ao ser questionada sobre políticas públicas, ela lembrou que foi relatora da Lei Brasileira de Inclusão dos direitos das Pessoas com deficiência (PCD). “Temos leis, e mesmo sendo uma lei que determina que as empresas precisam contratar PCD, temos empresas que ainda não acreditam nessas pessoas. O setor de RH se torna muito capacitista. Julgam o outro pelo que você imagina que o outro não tem capacidade de fazer. Isso acontece muito, é cultural e tem que mudar. Acredito que a minha presença na chapa vem pra revolucionar isso. Porque se uma mulher tetraplégica como eu, que praticamente não tem movimentos do pescoço pra baixo, está numa corrida para ser vice-presidente do Brasil, isso mostra que a gente pode fazer o que quiser”, concluiu a senadora.
Assista o Café do MyNews desta sexta-feira:
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