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Política

“Já estão com saudade?”

Trump anuncia possível recandidatura e alfineta governo Biden

Ex-presidente ainda não admitiu derrota para Biden e disse que criação de um novo partido é fake news

por Liliane Machado em 01/03/21 12:49

“Já estão com saudade?” Foi assim que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump iniciou o discurso neste domingo (28). Com uma hora de atraso, mas com casa cheia de apoiadores, este foi o primeiro pronunciamento público depois de deixar a Casa Branca no dia 20 de janeiro. Trump discursou no encerramento da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Orlando, no estado da Flórida.

“Na realidade, como sabem, acabam de perder a Casa Branca (…), mas quem sabe, quem sabe… posso decidir vencê-los pela terceira vez”, afirmou, em uma referência aos democratas. O ex-presidente ainda não assumiu a derrota nas urnas em 2020 para Joe Biden. A “vitória dos republicanos” foi citada durante várias vezes no discurso. Trump alfinetou o governo Biden, e disse que foi o primeiro mês mais desastroso de qualquer presidente da história moderna. 

Ex-presidente dos EUA Donald Trump discursa no CPAC 2021, maior evento conservador da América. Foto: Reprodu
Ex-presidente dos EUA Donald Trump discursa no CPAC 2021, maior evento conservador da América. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

Sobre os boatos de que ele fundaria um novo partido, Trump desmentiu e fez questão de enfatizar o poder do Partido Republicano. “Vou continuar a lutar do lado de vocês. Temos o Partido Republicano, que vai ser forte e unido como nunca antes. Não vou lançar um novo partido, isso foi uma notícia falsa”.

Sobre a possibilidade de se recandidatar a presidência dos EUA em 2024 Trump deu um spoiler do que os eleitores podem esperar dele. “Estou hoje perante vocês para declarar que a incrível viagem que começamos juntos… nunca houve uma viagem tão bem-sucedida, começamos juntos há quatro anos e isso está longe de acabar”, disse o ex-presidente.

Ainda durante o discurso, Trump atacou as políticas de imigração do atual presidente Joe Biden. Ele alegou que as mudanças políticas do novo governo desencadeiam uma nova crise na fronteira sul e criam uma crise de jovens migrantes. Disse ainda que Biden tem invertido as conquistas da administração republicana.

De acordo com o canal CNN, o ex-presidente liderou uma pesquisa aplicada aos participantes da conferência, que responderam quem eram os seus favoritos como candidatos presidenciais do Partido Republicano de 2024. No entanto, os resultados sugerem que há interesse por outros candidatos em potencial.

Foram realizadas duas pesquisas, uma com o nome de Trump e outra sem. Na primeira, 55% dos participantes disseram preferir o antigo presidente como favorito para 2024, outros 21% apontaram o governador da Flórida, Ron DeSantis, enquanto o governador da Dakota do Sul, Kristi Noem, foi o terceiro com 4%.

Na segunda pesquisa, sem o nome de Trump, DeSantis ficou muito à frente dos outros. Desta vez, 43% dos participantes do CPAC apoiaram DeSantis, um aliado próximo de Trump.

Além da reeleição e das acusações ao governo de Joe Biden, Trump também falou sobre tecnologia e pediu sanções para o Twitter, Google e Facebook. O ex-presidente defendeu que as gigantes tecnológicas devem ser sancionadas caso censurem personalidades republicanas.

“Todas as medidas de integridade eleitoral do mundo não significarão nada se não tivermos liberdade de expressão. Se os republicanos podem ser censurados por falarem a verdade e denunciar corrupção, não temos uma democracia, apenas a tirania da esquerda”, afirmou Trump, segundo o Business Insider.

O ex-presidente defendeu que as redes sociais devem ser responsabilizadas pelo conteúdo que é partilhado nas suas plataformas. Ele afirmou que chegou a hora de “desmantelar os monopólios das gigantes tecnológicas”.

Trump acusa empresas de tecnologia de censura sobre a remoção de suas contas pessoais do Facebook e do Twitter por violar as políticas das plataformas.

O que diz a Casa Branca

A Casa Branca de Biden deve ignorar o discurso de Trump. “O nosso foco com certeza não está no que o presidente Trump tem a dizer”, garantiu a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

Os últimos dias de Donald Trump no poder ficaram marcados pela invasão de apoiantes ao Capitólio, no dia 6 de janeiro. Foi uma tentativa de impedir o Congresso de certificar a vitória eleitoral de Joe Biden.

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